Encontrar a carreira dos sonhos está diretamente relacionado a fazer aquilo que o mundo precisa/demanda de você. Trabalhar com o que se ama não é poesia, fantasia ou ilusão... é se sentir pleno fazendo aquilo que você nasceu para fazer.
Fui convidada recentemente a falar sobre o resultado de uma pesquisa recente no estado do Paraná referente às dúvidas dos alunos do ensino médio referente à carreira que desejam seguir. Esta pesquisa indica que 30% dos alunos do ensino médio daquele estado ainda não sabem o curso que farão na faculdade.
Como falei apenas
brevemente, gostaria de levantar outras questões importantes que podem ser
úteis para todas as pessoas e não só aos alunos do ensino médio.
Atribuo essa
dúvida principalmente à falta de autoconhecimento e de apoio por parte da sociedade
(pais, escolas e etc), a esse exercício importantíssimo. Pouco temos levado os jovens a reflexão sobre
seus valores, talentos e necessidades
como indivíduos. A educação vigente procura transformar os alunos em iguais –
pensar igual, estudar igual, escolher carreiras iguais, ou parecidas. E esse
modelo educacional massifica ao invés de valorizar as singularidades, as
idiossincrasias de cada um.
Se eu não sei
quais são meus talentos, meus valores e minhas necessidades, se me faltam
informações tão importantes, como poderei tomar uma decisão assertiva? Como
terei segurança para escolher caminhos?
Além disso, a
vida dos jovens estudantes, também tem sido bastante atribulada e quando veem,
o tempo passou e já é hora de tomar uma das decisões mais importantes de suas
vidas. Junte-se a isso, o medo de decepcionar os pais e de escolher uma
carreira que não lhes traga satisfação e prosperidade financeira.
Seria muito
interessante se as escolas e as famílias investissem em programas de
autoconhecimento para proporcionar aos jovens a possibilidade de fazerem
escolhas conscientes, baseadas em seus valores, talentos e sonhos. E aqui não estou falando apenas do Enem e do
Vestibular.
Em minha
atividade profissional, conheci muitos adultos que nunca tiveram oportunidades
como essa e de repente, se pegam insatisfeitos com o trabalho, infelizes com o rumo
que suas vidas tomaram. E podem estar muito bem financeiramente, mas ainda sim,
estarem infelizes. Pois como já sabemos, não existe algo mais importante na
vida do ser humano do que ver sentido e significado naquilo que se faz.
Posto isso, não
posso deixar de mencionar ainda, que se o adolescente não teve a possibilidade
ao longo de sua experiência escolar, de fazer esse tipo de reflexão, será que
deveríamos forçar a barra para que tome a decisão a qualquer custo? Não seria
mais interessante permitir que ele viva antes disso, experiências que possam
lhe ajudar a tomar um decisão de forma mais confiante e assertiva?
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