sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Conheça o Projeto Humanidades!


 



O Projeto Humanidades surgiu da minha vontade por ser uma humana melhor. Tudo começou assim. Assumi o compromisso de viver meus dias praticando aquilo que eu acreditava necessário para viver melhor comigo mesma e com os outros.

Para desenvolver nossa humanidade, é essencial se dedicar a saber quem é você, e se despertar para o seu mundo interior. Perceber o que faz sentido para você e desperto(a), como humano(a) - com nossos vícios e virtudes, prestar um serviço muito mais significativo para a humanidade.

 

Vejo muitas pessoas apavoradas com os avanços da tecnologia, horrorizadas com a falta de humanidade, mas muito pouco comprometidas com a sua própria evolução. E o fato é que se cada um, se comprometer em ser o melhor que puder, isso certamente trará muitos avanços para a nossa sociedade. Pois, fazemos parte de um todo, e se cada parte, faz o que lhe cabe, podemos viver numa sociedade mais inteligente, mais madura e mais justa. 


O Projeto Humanidades abarca seis tópicos centrais:



1. O que é ser humano?  

Como desenvolver e utilizar ao máximo as habilidades humanas?

Quais são os dilemas centrais da humanidade relacionados à revolução tecnológica?

 

2. Humildade

Por que acreditamos muitas vezes que somos o centro do mundo? Por que achamos que temos todas as respostas? Será que podemos estar errados? O que é a humildade afinal?

 

3. Colaboração

Quanto mais colaborarmos, melhores resultados teremos como sociedade. Mas afinal, o que é colaboração? Colaborar dói? Como desenvolver a capacidade de colaborar?

 

4. Gestão dos relacionamentos

Inteligência Social / Relacional / Emocional - Como desenvolver e como integrá-las?

 

5. Sociedade 5.0

Como utilizar nossas inteligências para gerarmos melhores condições de relacionamento e de vida em associação com as máquinas e recursos tecnológicos em geral? Como agir com Inteligência, evitando que criemos uma tecnologia que escraviza, ao invés de nos permitir continuar evoluindo?

 

6. Poesia, arte, música

A poesia, a arte, a música, podem nos permitir experiências transformadoras.

A lógica da poética é a intenção de criar algo que ainda não existe. A imaginação, a criatividade e capacidade de criação, são dons humanos essenciais. Como continuar desenvolvendo-os?

 

Confira aqui alguns eventos pelo Projeto Humanidades que já rolaram:

 

Autoconhecimento https://www.youtube.com/watch?v=4pm83NZWo6g&feature=youtu.be

Conexão e Colaboração https://www.youtube.com/watch?v=zURuOhU7l-Y

Felicidade no Trabalho https://www.youtube.com/watch?v=demhfkIYlkc

Tolerância à frustração https://www.youtube.com/watch?v=mjtfezfheJ4

 


domingo, 23 de agosto de 2020

Pela simplicidade

 


Em meio aos grandes feitos – definidos grandes por motivos nem sempre tão nobres, em meio aos “superfodas”, a sensibilidade, a atenção ao detalhe, ao simples, à delicadeza, ao cuidado, vão perdendo destaque. Essas bases importantes do desenvolvimento do ser humano (do SER) passam despercebidos.


Ontem, numa conversa com uma amiga, e posterior reflexão, me lembrei de uma bilhete no café da manhã deixado pela minha mãe, na última visita que fiz, lembrei de um momento delicado e amoroso com uma pessoa querida e pensei que todos os momentos mais felizes, prazerosos da minha vida, envolvem situações muito simples que dependiam exclusivamente da entrega e da presença de cada um.


Quando eu me volto para o meu trabalho, lembro de frases: "nossa Cynara, estou mais tranquila(o) agora depois de conversar com você", lembro de pessoas me acolhendo diante de alguma dificuldade, ou pessoas que eu admiro, me dizendo que a recíproca é verdadeira. Coisas simples, que mais uma vez: dizem sobre a nossa  entrega para o outro, cuidado, presença. 


Encerro esse breve post destacando essa singela imagem. Um presente da minha mãe e do meu padrasto e a minha lembrança sobre um hábito antigo meu de fazer os presentes para as pessoas que amo. Preciso retomar! 😊  

domingo, 5 de julho de 2020

Ajudar: dominar ou empoderar?



Na maioria das vezes, meus escritos refletem minhas reflexões sobre a minha própria conduta e este texto tem o objetivo de trazer à tona uma tendência que eu sempre tive e tenho, de querer ajudar.

Quando eu tomo a frente de tudo e quando eu digo: “só queria ajudar”, isso pode refletir uma forma de dominação. Se eu parto do princípio de que o outro precisa da minha ajuda, sem que ele a tenha solicitado, já tem alguma coisa errada...

Primeiro, uso meu julgamento para dizer-avaliar que outro precisa de mim. Será?

Segundo, ofereço a minha ajuda porque quero legitimamente ajudar, ou porque quero em alguma medida, dizer ao outro que ele é incapaz de fazer sozinho e por isso, ele precisa da minha ajuda?
Pior: que ele crie uma dependência da minha ajuda, do meu poder de decidir por ele?

Então, devo dizer, a gente precisa ter muito cuidado. Percebi com minhas reflexões que eu posso oferecer ajuda, mas só posso ajudar quem pediu e precisa da ajuda.

Ao ajudar, eu preciso tomar muito cuidado para não criar dependência. Minha ajuda deve ser para empoderar o outro. E não para torná-lo refém do meu apoio. Ao ajudá-lo eu devo permitir que ele seja o próximo a ajudar alguém sobre aquele mesmo tema e outros.

Tentando explicar um pouco mais essa ideia: você conhece alguém que ao se engajar em uma causa está muito mais interessado em se promover do que à causa em si? Está muito mais preocupado em mostrar seu conhecimento, seu poder e sua força?

Na minha experiência, o que percebi é que na minha relação conjugal, eu sempre cuidei de mais do que eu podia e devia, porque eu escolhi isso e porque no fundo, inconscientemente, através dessa ação, eu mostrava o quanto eu era forte e capaz. Será?

O que quero dizer é: ao ajudar uma pessoa, um grupo, uma comunidade, a gente tem que pensar na perenidade dessa ação. Ajudar, não é fazer pelo outro, é fazer junto, ensinar, orientar acompanhar e deixar voar!

Seja seu(sua) filho(a), companheiro(a), colega, seu time ou quem for. 

É bom lembrar que, quem ajuda pode e certamente precisará se ajudado em algum momento, e precisa estar consciente e aberto a isso. Dessa forma, todos se fortalecem e crescem.


Avalie as intenções por trás das suas ações. E se for preciso, reveja, reflita, mude. 


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Tudo é aprendizado - para quem está atento! ;)





Eu me lembro de certa vez, ao compartilhar com uma gestora uma situação particular da minha vida que me impedia de atender mais uma demanda além das várias que eu já estava abraçando. E nessa ocasião ela me disse: “Cynara, isso é coisa para você falar com seu marido”. Num primeiro momento eu pensei: “que insensível, pôxa, estou abrindo meu coração”.


Mas sabe, essa situação me ensinou duas coisas. Primeiro: ela estava me dizendo como a música tocava para ela. E me dando dicas preciosas sobre como eu deveria me relacionar com ela. E mais, se eu queria e estava preparada para me relacionar com pessoas desse tipo. Segundo: eu precisava melhorar a minha intuição e perspicácia, para aprender a ler melhor as pessoas, evitando que eu me sentisse tão vulnerável diante dessa situação.


Muitas coisas acontecem no contexto organizacional e nos dão dicas sobre como vamos precisar agir ou reagir dentro daquela cultura e jeito de ser dos gestores. Diga-se de passagem, nessa mesma história, eu fui mal avaliada justamente na fase em que eu mais me entreguei à organização. Disso, tirei vários outros aprendizados, que merecem outro texto.
Mas o fato é que nos relacionamentos de um modo geral, a gente vai recebendo dicas, sinais de como as coisas vão ser e de quem você vai precisar ser nesse contexto. E aí entra a sua decisão: “tô dentro” ou “tô fora”?


Precisamos estar sempre atentos ao que está acontecendo, qual é o nosso limite, quanto podemos ceder, o que não é possível negociar. Tem horas que o melhor vai ser “jogar a toalha” em outros momentos, unir todas as suas forças para mudar o jogo, associando-se às pessoas certas e desafiando o status quo.  


Mas se vitimizar e ficar lamentando ou julgando o comportamento dos outros, não vai resolver nada. O que a gente precisa é ter maturidade e consciência crítica. Maturidade para entender que as pessoas são como são e nada é para ou contra mim. Consciência crítica, para saber distinguir “alhos de bugalhos” e construir sua carreira, tomando decisões que lhe permitam crescer, desenvolver e contribuir para ambientes de trabalho mais humanos, onde se possa construir a confiança que permite a colaboração e crescimento mútuos.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

A quarentena de cada um



Alguns adaptaram suas casas ao Home office que não era Home Office, outros não puderam se adaptar, mas foram confinados mesmos assim. Muitos continuam indo trabalhar, por que não têm a opção do #fiquemecasa.

Todas as vezes que penso nos confinados e nos não confinados eu me lembro do Mito da Caverna de Platão. Quando saio do meu confinamento com meu cachorrinho,  fico pensando qual é a realidade de quem está do lado de fora da minha caverna. E eu tenho vontade de conversar com essas pessoas e saber como está sendo a vida delas.

Ainda farei isso, quero conversar com muitas pessoas que estão vivendo esta fase de forma bem diferentes da que estou. Mas só queria ressaltar que a gente tem, ou deveria lembrar de ser sensível sempre aos que vivem a vida de forma diferente de nós, seja por escolha, por falta ou por excesso de recursos. Cada um enxerga através da sua perspectiva, até que decide tirar os óculos ou sair da caverna e assim compreender a perspectiva do outro.

Agora, tenha em mente uma outra coisa importante: embora haja sim muito sofrimento no mundo e muitas outras perspectivas, você é você vivendo a sua vida e suas questões. Não seja o árbitro avaliador do menor ou do maior sofrimento. Olhe e aja de forma compassiva para os outros, mas olhe dessa mesma forma, para você também.

As coisas sempre foram diferentes para todos. Agora algumas questões se tornaram mais evidentes. Talvez porque tenhamos nos sensibilizado com algumas situações, talvez porque tenhamos nos atentado para benefícios que não percebíamos que tínhamos. Ou talvez por termos nos deparado com faltas que nem sabíamos que poderiam se tornar uma questão.

Talvez simplesmente tenhamos passado a ter mais tempo diante do silêncio, do distanciamento e de súbito, nossa consciência aumentou.

Mas é importante ainda lembrar que, a quarentena, o COVID e seus efeitos, não serão transformadores para quem não quiser sair do casulo. Alguns sairão como entraram nessa situação, como sonâmbulos, prisioneiros ou como zumbis. E isso é uma escolha.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

O céu e o mar dentro de mim



Dois mistérios que me seduzem muito. 
O céu e o mar me maravilham pela imensidão, beleza e mistério. 
O céu representa a falta de limites, os riscos de se viver sem disciplina e ao mesmo tempo, necessidade de romper barreiras e de voar rumo ao desconhecido, superando medos e o impossível. 
O mar representa a profundidade, o inconsciente, a força e ao mesmo tempo a calma que se pode experimentar em um mar aberto e sereno. 
E esses dois mistérios representam a minha essência: as vezes voo, as vezes mergulho. As vezes sou pássaro, as vezes sou peixe. 
E eles convivem bem dentro de mim.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Escolhas, resultados e responsabilidade




Os anos de 2018 e 2019 representaram grandes marcos na minha vida. Uma decisão tomada no final de 18 e outra em 19, promoveram inúmeras mudanças na minha jornada Um turbilhão de acontecimentos e sentimentos se sucederam.

Recebi amor, percebi estranheza por parte de algumas pessoas, ouvi comentários e considerações curiosas acerca da minha própria vida. Com o meu silêncio, ouvindo atentamente tudo e todos, percebi como podemos nos cegar com crenças e paradigmas arraigados que não se renovam. 

Procurei nesse período, ouvir como nunca, meu coração, meu corpo, meus anseios e meus desejos mais profundos. 

Continuo nesse mergulho interior. Percebo que aos 40 anos, pela primeira vez eu consigo olhar de forma compassiva, respeitosa e principalmente, orgulhosa para mim. Sim, eu tenho muitas virtudes e muito mérito. E aprendi que a primeira lealdade deve ser a mim mesma.

E vejam só, não é que eu não soubesse quem eu sou. A sensação que tenho é que eu acordei de um sonho. Despertei de uma vida que negligenciava meus desejos e minha força e com isso também minha responsabilidade.

Eu mudei muitas coisas na minha vida, e nesse movimento todo, o mais importante, foi a assunção de maior consciência e consequentemente de maior responsabilidade. Desenvolvi a habilidade de responder de forma madura e consciente pelas minhas escolhas e resultados.

Crescer dói. Amadurecer dói. Rever nossas crenças e paradigmas, nos permite atingir novos patamares e aqui eu chego aonde eu gostaria: nos faz assumir a responsabilidade por o que quer que seja nas nossas vidas. E para apoiar aqueles que quiserem seguir nessa jornada, eu criei o Programa responsHabilidade.

Eu mudei, meu blog mudou e criei uma nova página no Facebook para contar para vocês sobre o Programa responsHabilidade:


Vamos?

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...