domingo, 23 de agosto de 2020

Pela simplicidade

 


Em meio aos grandes feitos – definidos grandes por motivos nem sempre tão nobres, em meio aos “superfodas”, a sensibilidade, a atenção ao detalhe, ao simples, à delicadeza, ao cuidado, vão perdendo destaque. Essas bases importantes do desenvolvimento do ser humano (do SER) passam despercebidos.


Ontem, numa conversa com uma amiga, e posterior reflexão, me lembrei de uma bilhete no café da manhã deixado pela minha mãe, na última visita que fiz, lembrei de um momento delicado e amoroso com uma pessoa querida e pensei que todos os momentos mais felizes, prazerosos da minha vida, envolvem situações muito simples que dependiam exclusivamente da entrega e da presença de cada um.


Quando eu me volto para o meu trabalho, lembro de frases: "nossa Cynara, estou mais tranquila(o) agora depois de conversar com você", lembro de pessoas me acolhendo diante de alguma dificuldade, ou pessoas que eu admiro, me dizendo que a recíproca é verdadeira. Coisas simples, que mais uma vez: dizem sobre a nossa  entrega para o outro, cuidado, presença. 


Encerro esse breve post destacando essa singela imagem. Um presente da minha mãe e do meu padrasto e a minha lembrança sobre um hábito antigo meu de fazer os presentes para as pessoas que amo. Preciso retomar! 😊  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...