Achei importantíssimo um artigo
da Káritas Ribas na Revista Coaching Brasil. Pensando sobre a febre de coaching
que nos assola, ela discorre sobre o que denomina “Coaching de plástico”.
Processos engessados, realizados por profissionais pouco capacitados. Isso também me fez pensar sobre as pessoas que buscam coaching apenas porque "está na moda".
Infelizmente é uma realidade o enorme
número de pessoas no mercado dizendo que são coaches. Algumas sequer fizeram
algum tipo de formação, outras fizeram uma formação mediana e outros podem até
ter feito uma boa formação, mas acham que só isso basta.
Quando fiz minha formação,
lembro-me bem do meu instrutor nos chamar atenção o tempo todo sobre a
necessidade de o coach ser um profissional estudioso do desenvolvimento humano
incluindo disciplinas como filosofia, psicologia, sociologia, entre vários
outros temas. Isso fez muito sentido pra mim e faz para vários outros coaches
sérios que conheço.
Uma formação seja ela qual for,
pede que você estude constantemente. Eu como psicóloga, nunca parei de estudar
e procurar aprender com outros profissionais da área. Foi assim quando me
especializei em gestão de pessoas e também quando me formei em coaching. Mas
parece que tem muitas pessoas por aí querendo enquadrar seus clientes em
processos de coaching engessados, como a Káritas menciona:
“Processos de Coaching de Plástico são aqueles onde o coach tem a ilusão de que munido de fichas com perguntas “poderosas” pré-programadas, ou uma lista delas é possível levar um ser humano à desenvolver sua potência, atingir sua meta e transformar-se. Tudo isso em no máximo 10 encontros”.
Outra questão que me
chama atenção é a procura por coaching apenas por que “está na moda”. Coaching
é para quem quer crescer. É para quem está disposto a despir-se de máscaras, a
abrir-se, a rever-se, a quebrar velhos paradigmas e assim seguir em busca daquilo que faz sentido para si mesmo. Coaching não é coach
pergunta, coachee responde. Coaching não é uma fôrma, onde se coloca todo tipo
de pessoas. Há que se preservar e respeitar a individualidade de cada um. O
coach não é um sabe tudo, que traz respostas. Ele é um provocador. Mas até
mesmo para provocar é preciso cuidado, conhecimento. Entender o tempo de cada
um. Lançar mão de recursos (não apenas ferramentas modelo) que façam sentido
para o coachee.
O coaching é uma das abordagens mais
interessantes que eu já conheci e tenho tido a alegria e o prazer de ouvir
coisas maravilhosas de meus clientes ao longo de seus processos e após viverem
esta experiência. E tenho plena
consciência de que esse é um trabalho de parceria: minha formação e meu
comprometimento são fundamentais, mas os resultados obtidos são fruto do
empenho do coachee.