sábado, 20 de julho de 2019

Autoconhecimento através do processo de assessment




O autoconhecimento se coloca como um grande aliado na busca por mais satisfação e melhores resultados no trabalho e em todas as outras áreas da vida. Uma das maneiras de se aprofundar o autoconhecimento é passar por avaliações de personalidade ou comportamento, que são possíveis através das ferramentas de assessment.

As opções são inúmeras e se você nunca viveu essa experiência, recomendo fortemente. Todavia, é bom tomar alguns cuidados.

Não caia na ideia de que quanto mais você fizer, melhor. Isso é bobagem. Procure uma organização e um profissional sério e conte com a expertise desse especialista para lhe indicar uma, ou duas boas opções. Desta forma, você poderá ter uma experiência enriquecedora, que lhe permitirá entender um pouco mais alguns aspectos da sua personalidade e comportamento e inclusive, traçar um PDI (Plano de Desenvolvimento Individual).

Os instrumentos de assessment também são muito utilizados nos processos seletivos. E, quando utilizados adequadamente, servem para conhecer mais profundamente o perfil do candidato, além de identificar o fit cultural. Seja num processo seletivo, ou num projeto de PDI, não existe certo e errado nos resultados. Quanto mais sincero(a) você for, melhor para você. Mesmo que seu perfil não esteja alinhado ao que a empresa busca. Afinal, a chance que teria de você não se adaptar e ser infeliz, seria grande.

Infelizmente alguns instrumentos não têm embasamento científico, ou são muito superficiais. É bom ter cuidado com isso. E ainda existem os profissionais que lidam com os resultados de forma preconceituosa, inadequada e irresponsável. Quantas vezes eu ouvi pessoas me contarem do sofrimento que experimentaram, ao receberem uma devolutiva que reforçou suas fraquezas e sequer considerou suas forças, ou que suas características foram caracterizadas como boas ou ruins, meramente. Por isso, reforço, se você for se submeter a um processo de assessment, por inciativa própria, para alavancar seu desenvolvimento, escolha muito bem a organização e/ou o profissional que irá lhe apoiar nesse intento.

E para continuar desenvolvendo seu autoconhecimento, continue se fazendo perguntas, entendendo o que você sente, o que lhe motiva, quais são os seus valores, exercite seu diálogo interno e preste atenção ao impacto que causa nas pessoas e ambientes ao seu redor.

Caso queira saber mais sobre instrumentos e projetos de assessment, faça contato! cynarabastos@yahoo.com.br


quarta-feira, 17 de abril de 2019





Não tente nenhum atalho, a única forma de fazer é ser. Como bem nos ensinou Lao Tsé. O que quer que você queira Fazer ou Ter, lembre-se: primeiro você precisa SER!

Normalmente quando se pergunta para uma criança o que ela quer ser quando crescer,  nunca se está perguntando de verdade o que ela quer ser. De um modo geral, falamos sempre sobre o que ela quer fazer: sua profissão. E ao dizer o que quer fazer, é interpelada sobre o que pode obter com esse fazer.

Penso que deveríamos estimular as crianças e jovens a construir um eu forte, que saiba quem é, que reconheça seus valores e forças, que saiba identificar seus pontos de melhoria e que saiba se unir às pessoas que lhe permitirão ser um ser humano melhor a cada dia. Vejo uma mudança tímida neste modo de pensar o desenvolvimento das crianças. Ainda não chegamos no ponto em que os jovens são questionados sobre que tipo de gente eles querem ser. E devemos cuidar disso, pois, o que define o fazer e o ter é o que se é.

Para alcançar algo eu preciso ser o tipo de pessoa capaz de atingir aquilo. Preciso adotar os comportamentos que me levarão aonde  quero chegar.

Quantos de nós acabam se confundindo entre o Ser o Fazer e o Ter, tentando fazer antes de ser ou ter antes de fazer. O fluxo natural deve ser: SER - FAZER - TER.



Quanto maior a sua consciência sobre quem você é, maior a condição de fazer escolhas certeiras, de optar por atividades que sejam uma ponte para a expressão genuína do seu Ser e maior a possibilidade de obter aquilo que você quer. Não existe atalho, não existe um caminho mais fácil. Sem olhar para dentro de você, a trilha nunca será tão prazerosa como ela pode ser.

Um livro do Osho muito bom, que se chama Vivendo perigosamente – a aventura de quer quem você é. É disso que estou falando! Vale a leitura!   


domingo, 31 de março de 2019

Conversas no Uber e Prazer no Trabalho




Numa madrugada de sábado, voltando para casa sozinha, chamei um Uber pensando no recurso importante de compartilhamento da viagem, especialmente em casos como esse. Quando alguém aceitou minha chamada, qual não foi minha surpresa, por ver que era uma moça que viria me pegar. 

Já no carro, como sempre faço, conversei bastante com ela – tenho conversas incríveis com os(as) motoristas da Uber! Bom, eu estava curiosa quanto ao fato de ela trabalhar naquele horário. Ela não sentia medo?

Primeiro ela me contou que gosta bastante de ser motorista – percebi, ela dirige muito bem! E que se sente segura trabalhando com a Uber. Contou-me também que sua família não vê com bons olhos o fato dela trabalhar nesse negócio e também por preferir o período noturno. Mas ela própria concluiu: ”sabe Cynara, eu acho que a gente tem que fazer o que gosta, mesmo que as outras pessoas não compreendam ou concordem.”

Gente, isso é lindo! E sério!

Lembro-me que quando escolhi a psicologia, há mais de 15 anos atrás, até minha psicóloga queria me convencer a fazer outra coisa. Sua sugestão era medicina. Talvez eu fosse uma ótima médica, mas ter insistido na psicologia foi o melhor que eu pude fazer por mim. Tenho um orgulho enorme da minha profissão e um grande prazer pelo seu exercício.

Outro fato interessante a considerar aqui, são as habilidades que a gente tem e que podem ser canalizadas para aquilo que queremos e não para o que os outros querem. Eu pessoalmente tenho fortes competências relacionais e comerciais. E por isso, já recebi muitas propostas para esta área. Algumas eu inclusive aceitei. Mas com o tempo, vi que a área comercial não era minha praia. Mesmo que eu continue utilizando esta habilidade na vida e na minha atividade atual.

Isso faz com que eventualmente, os mais atentos, ainda me façam propostas desta natureza. Mas, tendo clareza sobre o que eu quero, fica muito mais fácil negar. A última inclusive, deixou o empreendedor que me convidou muito decepcionado, porque ele não entendia que não importava para mim quanto eu pudesse ganhar com a atividade, ela simplesmente não fazia sentido para mim. Acho que ele não entendeu até hoje. ; (

Bom, escrevi esse texto para te convidar a refletir se você faz o que faz sentido para você. Se o seu trabalho lhe dá prazer. Isso não é conversa de psicóloga J. É conversa de alguém que teve a sorte de conversar com muita gente feliz em sua atividade profissional. E os benefícios são imensuráveis. 

Então, #ficaadica: esqueça um pouco o que os outros pensam e responda a duas perguntas:

1) Quem você seria se não estivesse sendo quem os outros querem que você fosse?
2) O que você faria se não fosse o medo?

Tenha a coragem de ser quem você quer ser e esteja disposto(a) a pagar o preço pelas suas escolhas. Esse é o caminho para uma vida mais plena. J
  

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Compare-se com seu passado

Sempre foi entre eu e eu mesma. Mas eu acabei gastando muito tempo e energia na minha caminhada até aqui, me comparando com os outros, às vezes me desvalorizando, às vezes me supervalorizando.
Até que eu decidi canalizar a minha energia para reconhecer minha sombra e minha luz, para ouvir o meu diálogo interno, para ter conversas importantes e profundas comigo mesma, a cerca de quem eu sou, do que espero para mim e também sobre o legado que quero deixar.

Infelizmente a maioria de nós propaga a infelicidade em nossas próprias vidas e nas dos demais, travando uma batalha sempre injusta de comparação, ao desconsiderar aspectos importantes que nos diferenciam uns dos outros, nos fazem únicos e potencialmente capazes de contribuir com os demais, cada um à sua maneira.

Ao me comparar com os outros, eu deixo de fazer o melhor para mim e para os demais. Tentando ser igual, ou melhor do que alguém, eu deixo de expressar todas as características e dons especiais que eu possuo. Deixo assim, de fazer coisas maravilhosas utilizando meu potencial, ao focar nas minhas faltas ao invés de focar nas minhas forças.

Quando eu olho para mim de forma respeitosa, valorizando cada característica e competência minhas, consigo ver as forças dos outros também e trabalhar junto, unindo essas forças e não competindo.
Então, veja: é entre você e você mesmo(a). Tenha referenciais, tenha modelos, mas nunca queira ser igual ou melhor do que alguém. O caminho definitivamente não é esse, por mais que muita gente queira que você acredite nisso.

O mundo caminha para uma era de colaboração e trabalho lado a lado. Estará preparado, aquele ou aquela, que souber olhar para as suas competências e habilidades de uma forma holística e que tiver em seu íntimo o real desejo de contribuir e crescer lado a lado dos demais.

Se for para se comparar, compare-se com o seu passado. ;)
 

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O Segredo da Mudança


Parece coisa sabida, compreendida e aplicada, mas não é. Muitos querem a mudança, querem vencer velhos hábitos nocivos, querem ter companheiros(as) melhores ao seu lado, mas poucos estão dispostos a fazer o que tem que ser feito para atingir novos e melhores patamares. Há uma máxima que diz: “seja você a mudança que você quer ver no mundo”. Mas como eu posso conseguir mudar o que quer que seja?

“Eu queria um trabalho melhor”, “queria que meu parceiro(a) fosse mais assim ou assado”, “queria ter mais saúde”, “queria fazer uma viagem especial”, “Queria fazer atividades físicas”. O que há de errado nessas frases? Primeiro o “queria”. Você quer ou não quer? Percebe que quando você diz que queria, é como se não quisesse mais? Ou como se estivesse se livrando de uma possível culpa caso não consiga? “Ah, eu queria”, por isso não tem problema se não atingi.

O que é preciso para conseguir uma mudança em qualquer aspecto da vida? Mudando a si mesmo. Mas as pessoas insistem em tentar mudar o outro, o ambiente, sem se comprometerem a mudar a si mesmos. E mais: elas mal param para celebrar suas vitórias, para se sentirem gratas consigo mesmas, por tudo o que já alcançaram e fizeram por si mesmas.

Ouvindo o Marshall Goldsmith e a o Daniel Goleman esse fim de semana, percebi o quanto em suas falas, havia palavras como perdão, cuidado, respeito, compromisso e gratidão. E o convite especialmente do Marshall, era: seja generoso com você.  

Em primeiro lugar, você precisa ser capaz de perceber tudo o que existe de maravilhoso em sua vida. Depois, identificar aquilo que gostaria de mudar, entender claramente o que você quer e identificar qual é o comportamento que deve adotar, para se tornar a pessoa capaz de atingir aquilo que almeja.
Assim, você pode compreender que: qualquer mudança deve acontecer de dentro pra fora e não adianta acreditar ou querer que o outro mude. Ele só vai mudar se fizer sentido para ele. 

Comprometa-se em ser o seu melhor, deixe para trás tudo o que não serve mais, identifique quais comportamentos você deseja manter, quais não lhe servem mais. Agradeça a si mesmo por aquilo que viveu e alcançou até aqui, e faça sua vida ser como você quer. Você merece e você pode.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Ensinamentos do Pico da Bandeira




Eu sabia que a subida ao Pico da Bandeira me traria ensinamentos, assim como toda e qualquer experiência na vida. E é sobre esses ensinamentos que eu quero contar para vocês. Os tópicos mais marcantes desta experiência foram os seguintes:

1º Quando você não conhece as condições e nunca teve a experiência, considere todos os conselhos que lhe forem dados pelo especialista. E se não quiser segui-los, assuma as consequências.

2º Pare de pensar e criticar o outro, dizendo sobre como ele lhe parece despreparado e pense se você está preparado.

3º Não critique ninguém por ter desistido disso ou daquilo, você também já esteve prestes a desistir de algo pelos seus motivos e isto está ok!

 4º A gente não sabe o que é passar uma necessidade de verdade e qualquer situação limítrofe, pode nos deixar muito sensíveis, se não soubermos controlar nossos ímpetos. 

Eu poderia falar mais um tanto de coisas, dar mais mil exemplos, mas acho que podemos neste post, considerar os quatro tópicos acima. Então vamos lá:

1º Considere as dicas do especialista ou experiente

O guia nos avisou que deveríamos levar um isolante térmico de 1cm de espessura. Mas eu levei o de 0,5cm. Quando deitamos no saco de dormir, o frio era de doer os ossos e eu lamentei profundamente não ter levado o isolante de 1cm. Não levei por quê? Porque era mais volumoso, achei bobagem. Depois da experiência, eu levaria até dois.

2º Pare de criticar o outro e cuide primeiro de você

Eu me preocupei muito com o fato de o meu marido não fazer atividades físicas e dizia: “Cuidado, você tem que se preparar”, “Olha o joelho, vá pelo menos fazer uma atividade aos finais de semana, até a viagem”...
Resultado: começamos a subida, minha mochila pesava pelo menos, 30% do meu peso corporal, eu nuca havia subido uma trilha íngreme com um peso desses nas costas. Meus primeiros pensamentos, depois que eu comecei a sentir taquicardia, falta de ar, ou sei lá o quê: “meu marido não vai aguentar”. Percebem a loucura da situação? Era eu que estava sentindo isso! Ok, alguém mais bondoso, pode dizer: você estava preocupada com ele. Sim, mas nessa de me preocupar com ele, quase que ele chegou ao topo do Pico da Bandeira e eu não! Porque eu insistia que ele não estava preparado, mas não pensava em mim. No fim, percebi que, embora tenha dado tudo certo, não é tarefa fácil, mesmo para quem pratica atividades físicas.

3º Não critique ninguém por isso ou aquilo.

No frio dentro da barraca, virando de um lado para o outro e vestindo tudo o que eu tinha para vestir, eu cheguei a pensar: “não vou continuar a subida. Chega. Eu nem sei o que eu vim fazer aqui!” Pensamentos de alguém que está cansado, que subestimou os desafios. Só que, nesse momento, eu recobrei meu eu, e respondi a mim mesma: “eu não vim até aqui para desistir agora”. “Eu vim porque quero ver o sol nascer no Pico da Bandeira e eu não desisto fácil, do que é importante pra mim.” Mas reconheço, tive pensamentos derrotistas! Então não posso criticar ninguém que desistiu de nada. Cada um tem seus porquês.

4º O que a gente sente em situações limítrofes.

Chegamos tarde à área de camping, precisávamos montar as barracas e organizar as coisas rapidamente, antes que anoitecesse. Eu estava com fome e frio, e comecei a ficar nervosa... tudo o que eu queria era terminar tudo logo, me aquecer, vestir outras roupas mais quentes, comer e dormir um pouco. Mas não o faria, enquanto não estivéssemos com tudo preparado no acampamento. Essa “falta” ou “necessidade” durou pouquíssimo,  e eu me irritei com a situação. Pois é!

A gente tem tanto que aprender com cada experiência da vida... há que se ter tanta humildade e sabedoria pra superar os desafios... quanto dessa experiência se aplica às organizações? Às relações que estabelecemos na vida profissional ou privada?

Tive uma experiência muito positiva no final dessa jornada. Como sempre acontece quando a gente decide fazer o melhor, a despeito de dificuldades, preconceitos e medos! Mas digo e repito: foi maravilhoso porque éramos um time. Independente das deficiências e necessidades de cada um!

domingo, 10 de junho de 2018

Autoajuda


Tenho alguns palpites sobre porque os livros de autoajuda quase sempre falham em seu propósito. O primeiro é que receitas não funcionam na vida como na cozinha. Eu diria que talvez nem na cozinha.
O segundo ponto importante é que a maioria das pessoas acredita que depois de seguir uma receita (de preferência fácil) obterá êxito. Há também a ideia de que se você seguir tais e tais conselhos, você conquistará as pessoas e assim, todas vão te amar e te seguir. Basta agir assim ou assado.
O terceiro é que, cinco dicas para isso, dez para àquilo e 15 para àquilo outro, não servem para todo mundo. E essa moda dos cinco motivos ou cinco dicas, ilude os mais desatentos ou românticos, com a expectativa de que com pouco esforço, conseguirão alcançar aquilo que almejam.
O fato é que não importa quanto êxito alguém tenha alcançado seguindo algumas regras, o que quer que você decida fazer, precisa fazer sentido para você, em primeiro lugar.
Seguindo ou não determinadas receitas, fazendo ou não sentido para você, o sucesso (seja lá o que isso significa para você) vem com muito trabalho e dedicação, dedicação a uma causa, a um projeto, às pessoas e especialmente às relações que se estabelece.
É preciso saber por que se faz o que se faz, o que se espera obter com isso e o mais importante: que tipo de pessoa você quer ser. SER e não PARECER. Porque o tempo passa e as máscaras caem, mas o caráter permanece.
Se há uma dica importantíssima e essa serve bem, é: tenha integridade.   

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...