Numa madrugada de sábado,
voltando para casa sozinha, chamei um Uber pensando no recurso importante de
compartilhamento da viagem, especialmente em casos como esse. Quando alguém
aceitou minha chamada, qual não foi minha surpresa, por ver que era uma moça
que viria me pegar.
Já no carro, como sempre faço,
conversei bastante com ela – tenho conversas incríveis com os(as) motoristas da
Uber! Bom, eu estava curiosa quanto ao fato de ela trabalhar naquele horário.
Ela não sentia medo?
Primeiro ela me contou que gosta
bastante de ser motorista – percebi, ela dirige muito bem! E que se sente
segura trabalhando com a Uber. Contou-me também que sua família não vê com bons
olhos o fato dela trabalhar nesse negócio e também por preferir o período
noturno. Mas ela própria concluiu: ”sabe Cynara, eu acho que a gente tem que
fazer o que gosta, mesmo que as outras pessoas não compreendam ou concordem.”
Gente, isso é lindo! E sério!
Lembro-me que quando escolhi a
psicologia, há mais de 15 anos atrás, até minha psicóloga queria me convencer a
fazer outra coisa. Sua sugestão era medicina. Talvez eu fosse uma ótima médica,
mas ter insistido na psicologia foi o melhor que eu pude fazer por mim. Tenho
um orgulho enorme da minha profissão e um grande prazer pelo seu exercício.
Outro
fato interessante a considerar aqui, são as habilidades que a gente tem e que
podem ser canalizadas
para aquilo que queremos e não para o que os outros querem. Eu pessoalmente
tenho fortes competências relacionais e comerciais. E por isso, já recebi
muitas propostas para esta área. Algumas eu inclusive aceitei. Mas com o tempo,
vi que a área comercial não era minha praia. Mesmo que eu continue utilizando
esta habilidade na vida e na minha atividade atual.
Isso faz com que eventualmente,
os mais atentos, ainda me façam propostas desta natureza. Mas, tendo clareza
sobre o que eu quero, fica muito mais fácil negar. A última inclusive, deixou o
empreendedor que me convidou muito decepcionado, porque ele não entendia que
não importava para mim quanto eu pudesse ganhar com a atividade, ela
simplesmente não fazia sentido para mim. Acho que ele não entendeu até hoje. ;
(
Bom, escrevi esse texto para te
convidar a refletir se você faz o que faz sentido para você. Se o seu trabalho
lhe dá prazer. Isso não é conversa de psicóloga J.
É conversa de alguém que teve a sorte de conversar com muita gente feliz em sua
atividade profissional. E os benefícios são imensuráveis.
Então, #ficaadica: esqueça um
pouco o que os outros pensam e responda a duas perguntas:
1) Quem você seria se não
estivesse sendo quem os outros querem que você fosse?
2) O que você faria se não fosse
o medo?
Tenha a coragem de ser quem você
quer ser e esteja disposto(a) a pagar o preço pelas suas escolhas. Esse é o
caminho para uma vida mais plena. J
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