Pela manhã, no caminho para o
trabalho, ouvia o rádio. Tema: violência. Uma conselheira do MP dizia que a
campanha “Conte até 10!” visa atentar as pessoas à banalização da violência. O
comentarista, disse que a banalização começa pelo Estado, pelo nosso Governo. Um
pouco depois, vem a notícia de que o prefeito de uma determinada cidade, agiu
violentamente contra um cidadão que lhe teria proferido desaforos num
restaurante. – “Ah! Era um casal, parecia embriagado”! Ele pede desculpas à
população, porque um prefeito não poderia agir desta forma. O jornalista diz: -
“Eu compreendo a reação dele. Você está num restaurante com sua família, com
seus amigos, vem alguém e fica falando desaforos”? Mas ele é prefeito, não
podia ter uma reação dessas. Ah tá, não pode porque ele é prefeito. Não fosse
prefeito, poderia? Se alguém chegar perto de mim e começar a falar desaforos,
eu vou partir para a agressão física? No meio disso tudo, pensando sobre essas
contradições, me deparei com uma motorista parada no meio da Av. Francisco
Sales, porque queria estacionar à direita. Eu, inadvertidamente, meti a mão na
buzina! Coisa que eu mesma rechaço... Aí eu me pergunto: resolveu? Claro que não!
O Prefeito com o soco na cara; O jornalista concordando que prefeito não pode,
mas é compreensível agredir alguém por esse motivo; e eu tendo uma atitude
estúpida, porque alguém não respeitou as leis de trânsito. A questão é: a violência está em todos os lugares: no
desrespeito a uma lei de trânsito, na agressão verbal ou física aos outros, no
desrespeito às diferenças, na exploração dos menos favorecidos... Então eu
fiquei pensando no quanto cada um de nós está comprometido a agir de forma
pacífica. Difícil não? Pois bem, acredito
que só vamos ter dias melhores quando começarmos a fazer a nossa parte.
Evitando gestos violentos, por menores que sejam e ajudando os que estão por
perto a não cometer outros... Alguns
dirão: eu não tenho culpa de estarmos vivendo em condições tão inseguras, com
tanta violência... Ninguém está falando de culpados, estou falando de fazermos
a nossa parte. CONTE ATÉ 10!
terça-feira, 28 de maio de 2013
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Ontem
Ontem completei 34 anos de vida! E posso dizer: VIDA, MUITA
VIDA! Porque ao longo desses anos, eu me comprometi a não me acomodar nunca,
embora às vezes eu caia nessas armadilhas; a buscar sempre o melhor, ser o
melhor que eu puder para mim e para os outros; eu me comprometi a me arriscar, a
despeito das quedas! Eu me comprometi a superar meus medos e a não aceitar que
quaisquer obstáculos me impedissem de atingir meus objetivos e quando esses se
tornaram maiores do que eu, eu me permiti parar, olhar, entender melhor e pedir
ajuda aos que estavam próximos; eu me comprometi a questionar nos momentos de
dúvida, a defender meu ponto de vista nos momentos de discordância; eu me comprometi
a nunca desistir de sonhar e buscar meios para atingir os meus objetivos. Por
fim, eu me comprometi a rever constantemente a minha vida, meus caminhos,
minhas relações, meus sonhos e metas.
E tudo isso não é nada fácil, porque viver intensamente dói,
reconhecer-se como protagonista da própria vida dá trabalho, às vezes parece
que não vai dar certo, e que todo o esforço foi em vão. Pensar sobre os planos,
abrir mão, rever metas, pensar e repensar nossas ações, pode abrir feridas e a
cicatrização pode ser demorada. A verdade é que eu me comprometi verdadeiramente com isso,
porque tive sempre ao meu lado pessoas, familiares, amigos e mestres que me
mostraram que confiar vale a pena, que se entregar vale a pena e que a gente
pode muito mais mesmo naqueles momentos em que tudo parece ruir.
Assim, eu escolhi e escolho ser uma eterna aprendiz, me perdoar e aprender com os meus erros, ter maturidade e humildade para aprender com os
outros e fundamentalmente acreditar: eu posso, eu sou capaz de realizar meus
sonhos e de contribuir para que o mundo em que vivemos seja melhor para todos!
domingo, 20 de janeiro de 2013
Sobre o Tédio
Estava lendo um trecho sobre o tédio e pude conhecer através
desta leitura, o que o pensador francês de origem russa Vladimir Jankélécitvh
define como tédio: “uma patologia do bem-estar, uma espécie de desventura de
ser feliz demais”. Achei muito coerente este pensamento. E para mim fez ainda
mais sentido o que Kierkegaard e Shopenhauer defendiam: “se nossa existência
tivesse valor efetivo, seria suficiente para nos satisfazer – e o aborrecimento
profundo sem causa clara não existiria”.
Pensando sobre esses pontos de vista, lembrei-me
ainda de Viktor Frankl, que em meio ao terror da vida num campo de concentração,
encontrou algum sentido – motivo para continuar vivendo, ou melhor, lutando
para viver. Então, penso que tudo – simplesmente tudo é uma questão de se ver
sentido em nossa existência. Depois disso, poderemos compreender a bela frase
de Nietzsche: ”Quem tem um porque pode suportar quase qualquer como”.
E a
despeito de se ter muita ou pouca felicidade, se a vida faz sentido, pode ser
maravilhosa na alegria e na tristeza.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Gratidão, contribuição, integridade, compaixão, amor, excelência, amizade
Aos meus amigos e familiares, pessoas
tão importantes em minha vida,
Quero agradecer pela família especial
que tenho. Por essas pessoas tão queridas me ensinarem a cada dia a ser alguém
melhor. A pautar minha vida e ações em valores nobres lembrando sempre que cada
um de nós é especial, possui suas forças e dificuldades e que merece meu
respeito.
Quero agradecer aos amigos e
todas as pessoas que me permitiram a aproximação, a troca de experiências e que
assim contribuíram para o meu crescimento. Felizmente, tive ao longo deste ano
muitas oportunidades de trabalhar para o meu desenvolvimento, graças às pessoas
que não se furtaram a me dizer aquilo que precisava ser dito.
Agradeço por toda a felicidade
que senti ao longo deste ano, por todos os momentos que senti gratidão, por
todas as situações que me permitiram parar, refletir e aprender com as
dificuldades e dúvidas. Por todos os momentos que decidi seguir em frente a
pesar do medo.
Por tudo, é literalmente por tudo
que quer agradecer.
Que o Natal seja muito especial para cada um
de vocês e que o ano de 2013 seja de crescimento! Cheio de oportunidades de
sucesso e grandes realizações. Que todos possamos tomar consciência da nossa capacidade
de fazer de cada situação uma experiência de crescimento e plenitude.
Que assumamos a responsabilidade de
sermos sempre o melhor que pudermos para nós e para os outros.
Os momentos de tristeza e alegria
acontecerão e o que realmente importa é como vamos nos portar diante deles.
Estamos juntos, amo vocês e
desejo que estejamos sempre perto.
Feliz Natal, Feliz Ano Novo,
muita esperança e paz em nossos corações!
domingo, 25 de novembro de 2012
Sobre Acreditar
Acreditar pode significar um
monte de coisas. Alguns acreditam em um Deus Pai, outros acreditam na natureza Búdica,
no Samsara ou na Roda da Vida; outros ainda acreditam na contribuição, na vida, nas
pessoas, nas possibilidades e oportunidades. Outros acreditam na escassez, no
sofrimento, no fracasso e na falta de recursos para lidar com as adversidades.
Alguns têm fé, outros acreditam.
Crer é coisa importante nesta vida. Acreditar que nós temos recursos inimagináveis
e que ainda que vivamos nesta “roda da vida” de alegria e sofrimentos, podemos e
devemos seguir sempre em frente sempre: Com força, amor e determinação.
Seguir em frente com coragem. Que
quer dizer ter medo – ser humano, e mesmo assim seguir em frente. Porque aquilo
é importante e porque faz sentido pra gente. As pedras vão aparecer, pode cair
granizo do céu, pode ser necessário nadar, correr e voar, mas seguir em frente
mesmo assim.
E seguir em frente não quer dizer
necessariamente continuar fazendo aquilo que se estava fazendo. É possível e
necessário rever constantemente os planos e a rota, verificando se tudo
continua fazendo sentido.
O mais importante a meu ver é
acreditar. Chame de fé, de crença ou o que fizer sentido para você. Acredite
principalmente, que mesmo quando tudo parece estar ruindo, ainda é possível
encontrar forças, outras possibilidades e construir algo novo – ou reconstruir.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Zona de Conforto
“O medo da desaprovação e de ser
considerado insuficiente frequentemente está entranhado em nossos
relacionamentos com as pessoas mais próximas (...) A decisão de optar pela
segurança, de pegar o caminho mais fácil, pode nos parecer irresistível, em
especial se temos medos e dúvidas sobre as alternativas à nossa frente. Para algumas
pessoas, parece mais cômodo evitar discussões e conquistar a aprovação de pais,
irmãos e cônjuges”.
Ken Robinson
Ela existe sempre, mesmo nos
momentos em que você não consegue ver claramente nada de confortável. Algumas
pessoas que foram meus clientes de coaching, ficavam estarrecidos e as vezes chateados,
por eu lhes dizer que estavam na zona de conforto e se quisessem sair, precisam
encontrar um motivo e coragem para sair dessa condição.
Tendemos a nos acostumar até
mesmo com o que não está bom. Por motivos mil que cada um precisará investigar
se quiser sair de sua zona de conforto. Tendemos a viver medianamente até mesmo
quando podemos viver grandiosamente. E viver com grandiosidade pode ser “simplesmente”
encontrar onde sua paixão encontra com seu talento e fazer uso disso. O que o
Ken Robinson chama de Elemento Chave.
Muitas vezes parece mais
confortável ser o que esperavam da gente, muitas vezes parece melhor fingir que
pensamos igual aos outros. E que o que traz realização e satisfação para outros
também traz para nós.
Estar na zona de conforto é estar
num lugar aparentemente quente e confortável, quando parece muito perigoso o “outro
lado”. A zona de conforto pode ser um emprego que sustentamos porque o
autoengano e o medo de fracassar noutra área nos paralisam. A zona de conforto
pode ser um curso universitário que fazemos porque isso deixa nossos pais e
demais familiares felizes e nos garante apoio. Pode ser também uma relação que mantemos,
porque a separação pode ser muito desgastante e difícil...
Sentimos, principalmente quando
estamos vivendo uma situação muito difícil e não conseguimos sair dela, que
isso absolutamente não é confortável. Mas eu lhe asseguro que o medo de falhar
e de não saber o que fazer com tudo o que se pode obter saindo desta zona, pode
aparentemente fazer essa zona ser muito confortável.
Outro dia escrevi sobre a importância
de pensarmos sobre o que nos faz ficar numa atividade profissional, numa
atividade específica, numa relação ou em qualquer situação, pois refletindo e trazendo a tona tudo o que está e o que não está
bom, e tudo o que gostaríamos de realizar, podemos então recobrar a força e a
coragem que todos nós temos e lutar em busca do que verdadeiramente importa. E
volto a dizer: isso é fundamental!
Gostaria de lhes fazer um
convite: Pensem sobre quantas dessas afirmações impactam diretamente em suas vidas:
“Direta ou indiretamente, foi
minha família que decidiu minha profissão”
“Não posso mudar de profissão, porque
decepcionarei meus pais”
“Vou perder todo o prestígio
entre o meu grupo de amigos se eu mudar de profissão”
“Eu tenho medo de mudar e fracassar”
“Eu gostaria de ter mais
autoconfiança”
“Eu tenho medo de me acharem um(a)
ingênuo(a)”
“Eu posso não ganhar tanto
dinheiro fazendo isso”
“A segurança vale mais do que
meus sonhos”
Pare. Reflita. Descubra quais são
os seus valores, o que move sua vida, o que o faria ter real prazer em seu
trabalho, qual é o tipo de pessoa que você quer ter ao seu lado, o que você se propõem
a fazer pelo mundo, onde sua paixão e talento se encontram e como esse serviço
pode ser útil e interessante para a nossa sociedade ou para o mundo.
Faça isso por você! Seja feliz!
domingo, 14 de outubro de 2012
No trabalho...
No dia-a-dia, andando por ali e
por aqui, conversando com um e com outro, tenho ouvido e observado muitas coisas
importantes. Percebo que as pessoas e os ambientes de trabalho de um modo
geral, estão adoecidos.
Muitas vezes vejo pessoas mal
humoradas, descarregando toda a sua angústia e amargor nos clientes e colegas
de trabalho. Alguns adoecendo, sofrendo e fazendo sofrer os que estão por
perto. Outros que deviam ser parceiros, agindo como competidores. A máxima é:
se eu ganhar está bom. E não existe
muito investimento em relações ganha-ganha, pois a maioria não acredita que
isso possa existir.
Alguns por decidirem ser menos do
que podiam ser, outros tentando superar os outros e não a si mesmos, alguns
querendo não apenas alcançar o êxito, mas querendo “puxar o tapete” dos
colegas. O que se percebe é que a insegurança deixa as pessoas agressivas e
algumas vezes perigosas. Porque para se afirmarem, esses inseguros, acham que
devem denegrir a imagem do outro.
Situação complicada. Quem se
destaca e decide usar todos os seus recursos para atingir suas metas e
superá-las acaba muitas vezes sendo mal visto por aqueles que decidem ser
medianos. E o que é pior, ao que parece, por mais que tenhamos hoje maior
facilidade no acesso ao conhecimento, alguns preferem viver no escuro. Na
penumbra do auto-engano, da insegurança e do medo de crescer e aparecer.
Assinar:
Postagens (Atom)
Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas
Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...
.png)
-
Não procure o bem fora se você não sabe o bem que tem. Esse foi um insight que tive um dia desses. Como vocês sabem, venho buscando vencer...
-
“Você é filho de Deus. Viver de modo pequeno não serve ao mundo. Não há nada de iluminado em se esconder para que as pessoas não se sint...
-
Na semana passada comecei uma provocação no Instagram sobre a nossa dificuldade em dizer não. Uma dinâmica complexa no âmbito dos nossos rel...