Estava lendo um trecho sobre o tédio e pude conhecer através
desta leitura, o que o pensador francês de origem russa Vladimir Jankélécitvh
define como tédio: “uma patologia do bem-estar, uma espécie de desventura de
ser feliz demais”. Achei muito coerente este pensamento. E para mim fez ainda
mais sentido o que Kierkegaard e Shopenhauer defendiam: “se nossa existência
tivesse valor efetivo, seria suficiente para nos satisfazer – e o aborrecimento
profundo sem causa clara não existiria”.
Pensando sobre esses pontos de vista, lembrei-me
ainda de Viktor Frankl, que em meio ao terror da vida num campo de concentração,
encontrou algum sentido – motivo para continuar vivendo, ou melhor, lutando
para viver. Então, penso que tudo – simplesmente tudo é uma questão de se ver
sentido em nossa existência. Depois disso, poderemos compreender a bela frase
de Nietzsche: ”Quem tem um porque pode suportar quase qualquer como”.
E a
despeito de se ter muita ou pouca felicidade, se a vida faz sentido, pode ser
maravilhosa na alegria e na tristeza.
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