“O medo da desaprovação e de ser
considerado insuficiente frequentemente está entranhado em nossos
relacionamentos com as pessoas mais próximas (...) A decisão de optar pela
segurança, de pegar o caminho mais fácil, pode nos parecer irresistível, em
especial se temos medos e dúvidas sobre as alternativas à nossa frente. Para algumas
pessoas, parece mais cômodo evitar discussões e conquistar a aprovação de pais,
irmãos e cônjuges”.
Ken Robinson
Ela existe sempre, mesmo nos
momentos em que você não consegue ver claramente nada de confortável. Algumas
pessoas que foram meus clientes de coaching, ficavam estarrecidos e as vezes chateados,
por eu lhes dizer que estavam na zona de conforto e se quisessem sair, precisam
encontrar um motivo e coragem para sair dessa condição.
Tendemos a nos acostumar até
mesmo com o que não está bom. Por motivos mil que cada um precisará investigar
se quiser sair de sua zona de conforto. Tendemos a viver medianamente até mesmo
quando podemos viver grandiosamente. E viver com grandiosidade pode ser “simplesmente”
encontrar onde sua paixão encontra com seu talento e fazer uso disso. O que o
Ken Robinson chama de Elemento Chave.
Muitas vezes parece mais
confortável ser o que esperavam da gente, muitas vezes parece melhor fingir que
pensamos igual aos outros. E que o que traz realização e satisfação para outros
também traz para nós.
Estar na zona de conforto é estar
num lugar aparentemente quente e confortável, quando parece muito perigoso o “outro
lado”. A zona de conforto pode ser um emprego que sustentamos porque o
autoengano e o medo de fracassar noutra área nos paralisam. A zona de conforto
pode ser um curso universitário que fazemos porque isso deixa nossos pais e
demais familiares felizes e nos garante apoio. Pode ser também uma relação que mantemos,
porque a separação pode ser muito desgastante e difícil...
Sentimos, principalmente quando
estamos vivendo uma situação muito difícil e não conseguimos sair dela, que
isso absolutamente não é confortável. Mas eu lhe asseguro que o medo de falhar
e de não saber o que fazer com tudo o que se pode obter saindo desta zona, pode
aparentemente fazer essa zona ser muito confortável.
Outro dia escrevi sobre a importância
de pensarmos sobre o que nos faz ficar numa atividade profissional, numa
atividade específica, numa relação ou em qualquer situação, pois refletindo e trazendo a tona tudo o que está e o que não está
bom, e tudo o que gostaríamos de realizar, podemos então recobrar a força e a
coragem que todos nós temos e lutar em busca do que verdadeiramente importa. E
volto a dizer: isso é fundamental!
Gostaria de lhes fazer um
convite: Pensem sobre quantas dessas afirmações impactam diretamente em suas vidas:
“Direta ou indiretamente, foi
minha família que decidiu minha profissão”
“Não posso mudar de profissão, porque
decepcionarei meus pais”
“Vou perder todo o prestígio
entre o meu grupo de amigos se eu mudar de profissão”
“Eu tenho medo de mudar e fracassar”
“Eu gostaria de ter mais
autoconfiança”
“Eu tenho medo de me acharem um(a)
ingênuo(a)”
“Eu posso não ganhar tanto
dinheiro fazendo isso”
“A segurança vale mais do que
meus sonhos”
Pare. Reflita. Descubra quais são
os seus valores, o que move sua vida, o que o faria ter real prazer em seu
trabalho, qual é o tipo de pessoa que você quer ter ao seu lado, o que você se propõem
a fazer pelo mundo, onde sua paixão e talento se encontram e como esse serviço
pode ser útil e interessante para a nossa sociedade ou para o mundo.
Faça isso por você! Seja feliz!
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