sábado, 24 de dezembro de 2011

Agradecimentos por 2011 e desejos para 2012


Quero agradecer por todo o carinho que recebi dos que estão próximos ou distantes, por todos os momentos que pude partilhar com as pessoas, por todo o conhecimento que pude adquirir ao longo do ano, pelos livros maravilhosos que chegaram às minhas mãos, por ter conhecido mais o budismo, por ter conhecido muitas pessoas especiais, por ter exercitado muitas vezes o não julgamento, por ter vivido situações que me fizeram refletir e rever alguns comportamentos, trabalhando para atingir meus objetivos pessoais e profissionais...

Além de agradecer por tudo, a todos e todas, quero propor que no ano de 2012 tenhamos:

Mais perdão e menos vingança,

Mais empatia e menos julgamento,

Mais compreensão e menos incompreensão,

Mais amor e menos ódio,

Mais gratidão e menos reclamação,

Mais respeito e menos agressão,

Mais ação e menos procrastinação,

Mais exercício de ser do que ter,

Desejo finalmente, que nós estejamos juntos na luta por uma cultura de paz!



sábado, 17 de dezembro de 2011

Justiça com as próprias mãos

Dias atrás, começou a circular na internet, um vídeo no qual uma moça agride cruelmente um cãozinho na frente de uma criança ao que tudo indica, de uns três anos. Uma ira coletiva tomou conta dos internautas e fiquei pensando: noutros tempos, eu estaria também irada, desejando intimamente que esta moça sofresse algo parecido ou pior do que o cachorrinho que ela matou.
Entretanto, algo muito mais sério está acontecendo em nossa sociedade e muito maior do que o fato acima relatado. É certo que se trata de uma crueldade sem tamanho, de uma tremenda covardia e o que é pior, fere os direitos da criança enquanto uma pessoa em desenvolvimento, que deveria ser protegida e orientada.  A moça em questão feriu os direitos dos animais e dos seres humanos, e da própria filha, assegurados pelo ECA. Mas ocorre que também recentemente um motorista que passou mal e bateu o ônibus que dirigia, foi violentamente e covardemente agredido e morto por um grupo de pessoas. Ouvi dizer que o fizeram porque acharam que ele estivesse bêbado.
Na internet, pessoas falam em justiça pelas próprias mãos e o que houve com esse motorista foi uma pretensa justiça pelo juízo de valor do grupo que o agrediu. E isso é muito sério. Na minha opinião, isso denota que nossa sociedade está desacreditada do Estado, da Justiça, e acha que a solução para os problemas que vimos enfrentando é fazer  “justiça” baseado naquilo que um grupo ou outro considera como certo ou errado. Sendo assim, as pessoas que erram também perdem o direito de rever suas ações e modificar seus comportamentos e as que se dizem isentas de pecado, viram verdadeiros inquisidores.
Nesse momento, eu penso: dadas as devidas proporções, quantos de nós já cometeram falhas com suas famílias, com seus animais de estimação, com amigos, colegas de trabalho etc? E o que faz de nós pessoas aptas a julgar e condenar alguém?
Um cachorro foi arrastado por seu “dono”, depois outro, um motorista de ônibus foi espancado por outros humanos, um cachorrinho foi morto por sua “dona”. Isso para falar de notícias recentes. Vocês conseguem perceber que a coisa é muito mais grave do que parece? Eu como ser humano, como alguém que acredita na mudança e nos outro seres humanos, espero poder trabalhar para que sejamos curados e que possamos construir uma sociedade mais justa.
Termino esse texto com uma breve fala de Sua Santidade o Dalai Lama: “Sejam boas pessoas, não sejam pessoas más; façam o que é favorável não façam o que é desfavorável”.  

domingo, 11 de dezembro de 2011

Bolhas

Na última semana, pude novamente estar com pessoas especiais, ouvir sobre questões importantes, refletir, discutir e assim crescer um pouco mais. Entre tudo o que ouvi, algumas ideias ficaram mais marcadas...

Sobre as escolhas, pensei sobre a importância de tomarmos decisões de maneira consciente e responsável, assumindo desta forma, os riscos e nãos que cada escolha envolve. Todo sim envolve um não e para cada sim ou não, existe um risco, que se calculado, pode ser melhor resolvido caso se torne realidade.

Tocou-me também a ideia de que uma pessoa analfabeta pode ter inúmeras dificuldades no mundo letrado, mas pode ainda assim aprender muitas coisas importantes e ensinar aos outros, fazendo maravilhas por essas pessoas. Isso me fez pensar como tudo realmente é uma questão de escolha. Se ela decidiu fazer a diferença em sua vida e na vida de outras pessoas, ela fará. É certo que alguns têm mais ou menos oportunidades, mas ocorreu-me que com muitas ou poucas, tudo depende do uso que fazemos delas.

Uma das pessoas que ouvi, lembrou-nos de que o verdadeiro mestre permite que o discípulo suba em seus ombros para que possa chegar mais alto que ele próprio. E nesse momento, senti muita gratidão, pois tive a felicidade de encontrar muitos desses mestres...

E sobre as bolhas, em que cada um de nós insiste em viver - cada um dentro de sua bolha de verdades, de crenças, de valores e de limitação... Vislumbro como será fértil o dia em que pudermos compreender e respeitar as peculiaridades de cada um e assim vivermos em uma atmosfera de maior sintonia, respeito e cooperação.

Para terminar, disseram-me que empregos são coisas muito prejudiciais... – entendendo que emprego é algo que você faz apenas para obter dinheiro. Imagine todos os dias você sair de casa para fazer algo única e exclusivamente para ganhar dinheiro. Não seria muito melhor se você pudesse sair de casa todos os dias para contribuir para o desenvolvimento de um projeto, de pessoas, de uma comunidade, de uma empresa ou qualquer outra organização? E depois de construir algo pelo que você possa sentir muita felicidade e orgulho, ganhar algum dinheiro? É certo que no mundo em que vivemos é preciso ainda algum dinheiro, mas já lhe ocorreu que para vivermos em plenitude por mais que se diga que o “jabaculê” é importante, muitas pessoas o têm em abundância e são infelizes?

Mas isso é assunto para outro texto…

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sobre a Liberdade

Estive pensando sobre liberdade, sobre responsabilidade, sobre ter liberdade, sobre dar liberdade e sobre a preparação para o exercício da liberdade. Ocorre que para agirmos usufruindo da nossa liberdade, precisamos aprender a fazer escolhas conscientes. E somente faremos escolhas conscientes quando descobrirmos quem somos, o que queremos e o que vamos deixar como semente nesse mundão a fora. Ter liberdade é importante, mas receber a liberdade sem ser preparado para ela é algo muito perigoso. Penso nas crianças e adolescentes que muito cedo começam a tomar decisões em suas vidas. Ocorre que muitas delas simplesmente reproduzem o que outros fazem ou fizeram e poucos aprendem a pensar sobre aquilo que realmente faz sentido para eles. Assim, vemos também adultos que não aprenderam a fazer escolhas. Que seguiram simplesmente o rio da vida, fazendo às vezes aquilo que se esperava deles e não aquilo que ele esperava de si mesmo, pois ele nem mesmo sabia. Nesse sentido, reforço a importância do autoconhecimento, da descoberta de seus valores, do sentido que tem a vida para você, para que, no uso de sua liberdade, você possa tomar decisões e fazer escolhas conscientes. Podendo assim, viver uma vida plena de significado, o que lhe trará muita paz e um certo sentimento de “estar fazendo a coisa certa”... Coisa boa!!!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Coaching e Terapia: esclarecendo algumas dúvidas

A terapia é compreendida como um trabalho que visa atender pessoas em suas mais diferentes questões, ajudando-a compreender a si mesma, a trabalhar dificuldades e buscar alternativas para conflitos que possa estar vivendo. Os profissionais desta área trabalham o homem no que diz respeito aos seus processos psíquicos, suas formas de ser e relacionar no mundo e com o mundo. Na verdade, múltiplos fatores podem levar uma pessoa a procurar um profissional desta área, e em sua maioria, estarão relacionados a aspectos emocionais, relacionais e subjetivos. É um trabalho normalmente longo, sem prazo para terminar. Neste caso, fala-se sobre passado, presente e futuro e o foco é o sujeito e sua fala. O que ele traz vai ser trabalhado aos poucos, até que seus problemas e/ou dificuldades sejam superados. Os profissionais que trabalham nesta área, podem ser psicólogos, psicanalistas ou terapeutas com formações diversas. O Coaching é uma metodologia voltada para atender pessoas que queiram melhorar seus resultados na vida pessoal ou profissional. Um contrato entre Coach (profissional) e Coachee (cliente) é estabelecido a fim de se atingir um objetivo específico. O cliente pode ser uma pessoa ou uma empresa que queiram atingir melhores ou maiores resultados em qualquer área. O Coaching pressupõe que os recursos de que a pessoa precisa estão dentro dela mesma e que só precisa tomar consciência disso e entrar em ação. É uma ferramenta essencialmente dialógica. Através da conversa e de perguntas que promovam a reflexão e a ação, o coach irá atuar ajudando o coachee a descobrir aquilo que é importante para ele, seus valores, crenças e aquilo que faz sentido para si mesmo e à partir daí, entrar em ação, com foco no presente, visando o futuro. No Coaching, embora aspectos emocionais possam emergir, o objetivo não é tratar essas questões. Pessoas que apresentem problemas psicológicos ou que demonstrem algum sofrimento psíquico/mental, serão encaminhadas para os profissionais capacitados para tal atendimento. É bastante improvável que uma pessoa busque um terapeuta porque está tudo bem. Com o Coaching, já é diferente. Uma pessoa que esteja muito bem, pode procurar o coach porque deseja aumentar seus resultados positivos. Uma semelhança entre o profissional de coaching e o terapeuta é que ambos necessitam estudar profundamente os mais diversos temas sobre o comportamento humano e a vida em sociedade. Psicologia, filosofia, sociologia e outras disciplinas. Para concluir, um profissional de coaching e um terapeuta, são pessoas que trabalham para o desenvolvimento humano, de maneiras bastante diferentes e com enfoques também diferenciados. Sendo assim, não se deve fazer uma escolha entre um ou outro estabelecendo comparações do tipo terapia é melhor que coaching, ou vice-versa. Trata-se de abordagens bastante diferentes para situações também diferentes.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Viagens

Uma viagem para dentro de si mesmo é sempre muito relevante. Dentro de nós existe muito a se conhecer. Quartos fechados, janelas entreabertas, lindas tapeçarias guardadas em baús, coisas a serem revistas, coisas a serem doadas e outras a ser inventadas...

Pensando sobre essas coisas, aquelas a serem revistas em especial, têm me chamado a atenção. Você já pensou que nada é absolutamente de uma maneira? Que tudo passa por uma lente (a sua lente e a dos outros) e que no final das contas, tudo depende de como você lê?

Desde que nascemos, conhecemos pessoas, vivemos com algumas, outras apenas passam por nossas vidas. Cada uma delas vai deixando marcas em nós. A partir dessas experiências, vamos criando algumas crenças. E essas crenças podem nos levar a crescer ou a estagnar.

Imagine o seguinte: Você conheceu uma pessoa, ou um grupo, e nessa experiência, você passou por situações muito difíceis. Sentiu-se discriminado, injustiçado, enganado e sofreu muito por isso. Então, você disse para si mesmo: as pessoas não são confiáveis, não merecem a minha amizade, neste sentido, não devo me aproximar delas.

A partir de uma experiência frustrada com um grupo de pessoas, você criou uma barreira que te impedirá de conhecer outras pessoas, de viver outras situações e assim ter novos aprendizados e fazer novas leituras.

Isso acontece inúmeras vezes em nossas vidas. A partir de cada nova vivência, fazemos avaliações e nem sempre estamos certos! Alguns acreditam que por terem falhado uma vez, falharão o resto da vida. Outros acreditam que por terem sido traídos uma vez, nunca poderão confiar em ninguém...

Agora, sugiro que pare e pense (como eu mesma tenho feito): Quais são as crenças que você vem mantendo sobre a vida, sobre os outros e sobre si mesmo? Teste-as! E procure verificar se são reais ou se dizem respeito a apenas uma situação específica...

Se não deu certo uma vez, pode dar certo agora! Só depende de você!

domingo, 11 de setembro de 2011

Lugar de criminoso

Li um artigo falando sobre a precariedade do Sistema Prisional do nosso pais e neste, o autor dizia que assaltante, traficante, etc, têm que ser preso mesmo, “lugar de criminoso é na cadeia” ele disse. E continuou: “desde que haja lugar”.

Fiquei pensando onde era “o lugar” dessas pessoas antes de se enveredarem pelo crime. A grande maioria estava nas periferias das cidades e em favelas. Eu nunca pensei que lugar de quem comete erros é no cárcere. Sempre desejei que tivéssemos boas condições de saúde, moradia, educação e trabalho digno, acesso a cultura e lazer.

Ocorre que isso é benefício de poucos. Esses cujo lugar é na cadeia, provavelmente não tiveram acesso à educação de qualidade, tinham subempregos, e acharam o tráfico ou o furto uma saída para a situação que viviam. Simplista este pensamento? Sim, bastante. Pois acreditando nisso, diríamos que o envolvimento com a criminalidade está diretamente relacionado à falta de oportunidades. O que não é verdade. Mas tenho pensado muito no fator preponderante de uma boa educação nas nossas vidas. Eu, particularmente, estudei em boas escolas e tive/tenho uma família que me ensinou valores importantes para que eu me tornasse a pessoa que sou hoje. Tive essa “sorte”. Mas quantos tiveram?
Então fala-se em cadeias para os “desvirtuados”. Jogam um monte de gente em celas horrorosas, em condições subumanas, para que paguem pelo que fizeram. Justo? Creio que não. Se esse fosse um lugar de trabalho e de aprendizado, ok... talvez passar um tempo lá dentro pudesse trazer alguns benefícios. Ocorre que aquele é um ambiente que quase sempre remete ao ódio e à revolta.

Tive o privilégio de conhecer egressos do sistema prisional que aprenderam a ler ou que concluíram o ensino fundamental ou médio na prisão. Entretanto esse é um benefício que poucos têm. Nem todos os presídios contam com salas de aula e professores. E mesmo aqueles que os têm, têm inúmeros critérios para a escolha dos que frequentarão as aulas. E mais, falta disciplinar provoca alguns dias fora da escola.

É importante ressaltar que outras atividades que visam o aprendizado, a conquista da autonomia e promoção de cidadania, são sempre proibidas se o preso comete “faltas”.

É essa prisão que querem para os "criminosos"?

Bem, esse texto foi só um desabafo... fiquei incomodada ao ler a frase: “ lugar de criminoso é na cadeia”, como se fosse simples assim... Vamos cuidar para que todos tenham um lugar salutar para viver? Onde possam ter acesso a tudo o que precisam para viver dignamente?

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Do Livro: Treine a mente, mude o cérebro


Através das muitas tragédias que se abateram sobre o povo tibetano, o Dalai Lama viu em primeira mão o que ele acredita ser o poder da mente de transformar o cérebro. Ele conta a história de Lopon-la, um monge que ele conheceu em Lhasa antes da invasão chinesa. Preso pelos chineses durante 18 anos, Lopan-la fugiu para para a Índia depois de ser finalmente liberado. Vinte anos depois disso, o Dalai Lama o encontrou novamente."Ele parecia o mesmo", disse o Dalai Lama ao seu amigo Victor Chan. "Sua mente ainda afiada depois de tantos anos na prisão. Ele ainda era o mesmo monge gentil... Eles o torturaram muitas vezes na prisão. Perguntei se alguma vez ele tivera medo. Lopon-la então me disse: 'Sim, eu tive medo de uma coisa. Tive medo de perder a compaixão pelos chineses.'Fiquei muito comovido com isso, e também muito inspirado. O perdão o ajudou na prisão. Por causa do perdão, sua experiência ruim com os chineses não foi pior. Mentalmente e emocionalmente, ele não sofreu muito."

sábado, 16 de julho de 2011

Diferenças

Há algum tempo, venho exercitando o não julgamento e quando vou formar uma opinião sobre determinado assunto, tenho procurado fazê-lo baseando-me mais em fatos do que em emoções. Entretanto, essa semana, estava em uma loja de um shopping de BH, satisfazendo minhas necessidades capitalistas e ouvi, infelizmente algo que me deixou estarrecida. Uma mãe chamava atenção de seu filho porque ele estava fazendo birra e se comportando de uma maneira que ela não aprovava. Até aí tudo bem, mas não é que essa mãe acabou soltando a frase: “Você está parecendo um índio! Um selvagem, um menino de rua mal-educado e feio”. Não estou mentindo quando lhes digo que tive vontade de chorar. Imaginem só, se essa criança dá ouvidos ao que essa mãe fala? Se ele estava agindo de maneira errada, ou indesejada, ele se parecia com um índio ou um “menino de rua”.

Assim, acabo emitindo minha opinião, baseada no que vi e ouvi. Que essa moça não tem a mínima ideia do tamanho do preconceito que ela demonstra com uma fala dessas, talvez seja verdade. Que ela não respeita e não valoriza as diferenças, também pode ser verdade. Que ela não conhece nada sobre diferentes culturas é um fato. Pois é certo que um índio por ser índio não se comportaria “mal” naquela loja. Primeiro, porque ele não procuraria aquele ambiente, pois em sua vida e tradição, existem coisas muito mais importantes do que estar e uma loja do shopping, na tarde de uma quinta-feira. Segundo, porque ainda que ele por ventura, tivesse assimilado algo da cultura dos “brancos”, ele não estaria agindo como aquela criança. Sobre o “menino da rua”, caso pudesse ter acesso ao shopping – nunca vi um “menino de rua” no shopping , ele não estaria fazendo birra ou sendo “feio” dentro daquela loja, porque o fato de ser de uma classe menos favorecida só o faz agir de maneira diferente da nossa, não necessariamente pior ou melhor do que o filho dela.

Me ocorreu ao final de tudo isso, que essa criança está correndo um sério risco de se tornar um adolescente e um adulto preconceituosos e maldosos. Um daqueles que cometerá bullying em sua escola e se julgará acima do bem e do mal. Podem achar exagerada essa minha previsão, mas lhes asseguro que a coisa pode bem começar desta maneira.

Torçamos para que essa criança possa ter outros exemplos, que lhe mostrem que ser diferente é legal, que devemos respeitar os outros povos e culturas e que cada um de nós, com seus erros e acertos tem muito a aprender nesse mundão a fora, com índios, negros, brancos, homossexuais, idosos, etc, etc, etc...

Convido-os a ler meu texto sobre minha opinião no que se refere ao bullying postado aqui no blog em 24/06/2010.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Você usa drogas?

Dro.ga
1.Med. Qualquer composto químico de uso médico, diagnóstico, terapêutico ou preventivo.
2.Restr. Substância cujo uso pode levar a dependência (4). 3.Restr. Substância entorpecente, alucinógena, excitante, etc. 4.Coisa de pouco valor ou desagradável. (Aurélio)

Você já usou remédios indiscriminadamente? Já comprou algo que não precisava? Já teve pensamentos negativos e deixou que estes invadissem sua cabeça, e seu coração? Já acreditou que uma coisa qualquer lhe traria felicidade?

Pois bem, a segunda parte do seminário “Felicidade?” me fez ter novas ideias... A filósofa Márcia Tiburi me espanta com sua sabedoria e leveza... Conversamos sobre coisas como a ideia da Indústria Cultural de Adorno e sobre O Mal estar na civilização de Freud. Pode parecer pesado e difícil falar sobre isso, mas ela consegue democratizar o saber e sua intelectualidade.

Conversamos sobre como o pensar e o criar estão cada vez mais escassos. Como a indústria do consumo tem tentado “imbecilizar as pessoas”, fazendo-as acreditar que precisam de coisas para ser alguém, ou para serem mais felizes. Como a própria ideia do consumismo é algo sinistro... Volto ao
Aurélio:
Com.su.mir: Verbo transitivo direto. 1.Corroer até à destruição; destruir. 2.Destruir pelo fogo. 3.Gastar (bens de consumo ou de produção) pelo uso. 4.Absorver (alimento ou bebida). 5.Enfraquecer, abater. 6.Desgostar, mortificar. Verbo intransitivo. 7.Adquirir bens de consumo ou de produção. Verbo pronominal. 8.Apoquentar-se. [C.: 52]§ con.su.mi.ção sf.

Você consome, ou usa os seus bens? Você compra algo para usar ou para consumir? Do que você necessita? Discutimos sobre isso e fomos parar nas escolas: campos de emburrecimento coletivo... salvo raras exceções. (Márcia Tiburi disse que não conhece as exceções o que provocou risos). Faço minhas as palavras do meu querido Rubem Alves: as escolas fazem dos alunos rolos de carne moída. Entram diferentes e saem todos iguais.

Resta dizer que no meio de tudo isso, estamos nós, seres humanos, buscando mais humanidade em nossos dias, ainda presos em ideias estranhas sobre valor, sobre sucesso e felicidade. Quem sabe se tudo o que procuramos esteja bem mais perto do que pensamos, naquele cantinho, apertado, pedindo para sair, implorando que não o sufoquemos com drogas e mais drogas...
O Seminário continua na semana que vem na Casa Fiat de Cultura, terça-feira, às 19:30. Entrada Gratuita.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Coaching: A importância de ações consistentes e decisões assertivas

Não é segredo que ação é a palavra chave para as pessoas de sucesso. Entretanto, antes de entrar em ação, é importante adquirir maior autoconhecimento, reconhecer seus valores íntimos, suas crenças fortalecedoras e limitantes de forma que suas ações sejam mais consistentes, demonstrando congruência, integridade e assertividade. o que com certeza trará melhores resultados.
É nesse sentido que o coaching trabalha, possibilitando a utilização dos seus recursos adormecidos para atingir resultados mais positivos. Quando você descobre aquilo que verdadeiramente é importante para você, quando entende que seus valores e convicções interferem diretamente no seu modo de relacionar e executar seu trabalho, você passa a ter ações mais consistentes e toma decisões mais assertivas. O processo de coaching visa uma melhor performance e alcance de melhor qualidade de vida.
No ambiente empresarial , dada a importância de uma cultura organizacional que possibilite a construção de processos dinâmicos e eficazes, autogeridos e de renovação constante, o coaching executivo ou empresarial torna-se uma necessidade, pois os líderes e gerentes que passam pelo processo, desenvolvem um perfil de atuação menos condutivo e controlador e mais orientativo e participativo, substituindo o tradicional gerenciamento por meio do comando e controle pelo diálogo e foco em resultados.
Resumindo, coaching é mudança de paradigma, é encontrar o mapa correto para diferentes situações e melhorar sua performance à partir do autoconhecimento e da ampliação da consciência.

terça-feira, 19 de abril de 2011

"Coaching é tão antigo como a própria humanidade"

Lendo o livro "Coaching Executivo" de Rosa Krausz, tenho me deliciado cada vez mais com os estudos sobre coaching... divido este trecho citado por ela com vocês:
"Maher & Pomerantz, afirmam que coaching não é modismo e não é novo, tendo suas raízes em princípios filosóficos e práticas que remontam a Aristóteles, ao pensamento budista, à teoria da Gestalt e a diversos gurus de ontologia e negócios. Pode-se dizer que a taxonomia do coaching abrange uma sabedoria antiga e moderna".

Importante é ressaltar que a atualização do nosso conhecimento atrelado a ideias de grandes pensadores do passado só poder nos trazer um futuro bastante promissor...

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Centopeia e o Gafanhoto

Conta-se que um dia, um gafanhoto encontrou-se com uma centopeia que descansava no meio da folhagem. "Dona Centopeia, eu tenho pela senhora a maior admiração.Deus Todopoderoso me deu apenas seis pernas. Para a senhora ele deu cem. Assombra-me a elegância tranquila do seu andar. Todas se movem na ordem certa. Jamais vi uma centopeia tropeçar. Mas por isso mesmo, tenho uma curiosidade: quando a senhora vai começar a andar, qual é a perna que a senhora mexe primeiro?""Obrigada pelos elogios Sr. Gafanhoto", respondeu a Centopeia. "Sua pergunta é muito interessante porque eu mesma, até hoje nunca pensei no assunto. Sempre andei sem pensar. Perdoe minha igorância. Jamais fui à escola do andar certo. Não fui conscientizada. Andei sempre um andar ignorante. Mas agora vou prestar atenção...." Conta-se que, desde esse dia a Centopeia ficou paralítica. Alves, 2010 (p 243)

Escorredor de Macarrão

A memória é um escorredor de macarrão: o que não vai ser comido, ela esquece.

Já não sei mais quantos livros do Rubem Alves eu já li. Pessoa querida para mim que se quer deve lembrar que existo. É por isso que acredito no amor, à primeira vista, a distância, de um lado só...fico imaginando quanto amor perdido há por aí... em livros fechados, guardados nas estantes...
Bem, mas não é sobre isso que eu quero falar. Lendo o livro Do Universo à Jabuticaba, desse autor, amei o trecho abaixo e por isso divido com vocês:

Quem acumula muito saber só prova um ponto: que é um idiota de memória boa. Não faz sentido aprender a arte de escalar montanhas nos desertos, nem a arte de fazer iglus nos trópicos. Na vida, a utilidade dos saberes se subordina às exigências práticas do viver. O mar é longo, a vida é curta

domingo, 6 de março de 2011

O que o Movimento Zeitgeist não é

Prezados(as),

Conheci o MZ através do amigo Timponi, que postou recentemente este texto em seu blog: www.joaotimponi.blogspot.com, vale a pena a leitura deste e a visita ao blog...

O MZ não é um movimento político ou partidário. Portanto, não é de direita ou esquerda, não é comunista ou socialista, nem neoliberal, facista, anarquista, ou coisa que o valha.
O MZ não é um movimento nacionalista. Ao contrário, não reconhece nações nem fronteiras. Não distingue raças, credos ou classes sociais.Vê a humanidade como um só povo, habitando um só planeta.
O MZ não é um movimento religioso, tampouco confraria, irmandade ou sociedade secreta. Em suma, não pretende ser instituição, porque reconhece que estes organismos tendem a se tornar rígidos, avessos a mudanças de qualquer tipo e tendem a se pertetuar no poder, não importa o preço pago por aqueles que nada tem com isso. Acredita que a solução para os nossos problemas está na aplicação da ciência e da tecnologia em prol do bem estar de toda a humanidade. Questiona veementemente o modelo atual, monetarista, voltado para o lucro e o consumo irresponsáveis.O MZ apresenta como alternativa uma economia baseada em recursos, uma verdadeira economia.
O MZ não é um movimento revolucionário, no sentido politico da palavra. O conteúdo de suas proposições é evolutivo e profundamente inovador. Condena o uso de violência para conseguir o que quer que seja. Em seus textos, não existem expressões tais como: "guerra contra..." ou "morte aos..." ou ainda "luta armada".
O MZ não é um movimento hirearquizado. Não possui presidente, líder ou gurú. Reflete, na maneira de agir de seus membros, o fundamento essencial de sua razão de ser: sincronia e cooperação para que nos tornemos um só povo, um só planeta.
Sonho quixotesco? Não. Ou mudamos já, ou morremos. Os ativistas do MZ já entendem que somos uma espécie em extinção. A ararinha azul já era, deu hoje no jornal. E estamos nesta fila.
Por falar em Dom Quixote, acesse o link abaixo. É uma cena do filme O Homem de La Mancha: Peter O'Toole contracenando com Sophia Loren
http://www.youtube.com/watch?v=NYB92jGPnlg&feature=BF&list=PL7CD67E502D59EB74&index=11

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fábula do Coiote

"Você tem que encontrar sua própria canção para cantar"

Era uma vez um coiote que se sentia esmagado pelas pressões da vida. Tudo o que conseguia era ver uma porção de filhotes famintos, caçadores demais, armadilhas demais. Então um dia ele fugiu, para ficar sozinho. De repente, ouviu as notas de uma melodia suave, ume melodia de bem estar e grande sensação de paz. Seguindo a canção até uma clareira na floresta, deparou com um grande gafanhoto que tomava sol no oco de um tronco e cantava.
- Ensina-me sua canção - pediu o coiote ao gafanhoto. Não houve resposta. Ele tornou a pedir que lhe fosse ensinada a canção. Mas o gafanhoto cedeu calado. Por fim, quando o coiote ameaçou devorá-lo, o gafanhoto cedeu e repetiu a doce melodia inúmeras vezes, até o coiote aprendê-la de cor. Cantarolando sua nova canção, o coiote retomou o caminho de casa. De repente, um bando de gansos selvagens levantou vôo e o assustou. Quando se recobrou do susto, tinha esquecido a melodia.
Assim, voltou à clareira ensolarada na floresta. Àquela altura, porém, o gafanhoto já havia passado pela muda, largara a pele vazia e tomando sol no mesmo tronco e voara para um galho de árvore. O coiote não perdeu tempo em se certificar de que teria a canção para sempre dentro de si. De um só golpe, engoliu a pele do gafanhoto, achando que o bichinho ainda estava lá dentro. Ao retomar o caminho de casa, mais uma vez descobriu que não sabia a canção. Percebeu que não poderia aprendê-la por ter ingerido o gafanhoto. Seria preciso deixá-lo sair e forçá-lo a lhe ensinar a melodia. Pegando uma faca, deu um corte na barriga para soltar o gafanhoto. Cortou tão fundo que morreu. (Autor desconhecido)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Felicidade Autêntica

Felicidade Autêntica é o nome de um dos livros que estou lendo atualmente. Seligmam, o autor, nos fala sobre a fórmula da felicidade. Você provavelmente se pergunta: E existe fórmula para a felicidade? Seligmam nos diz que sim: H = S + C + V, Onde H, representa Hapiness – seu nível constante de felicidade, S, Set Range – são seus limites estabelecidos; C, Circunstances – são as circunstâncias da vida e V, voluntary – representa os fatores que obedecem ao seu controle voluntário.

Pensando sobre a ideia de Seligmam vieram muitas coisas a minha cabeça... relembrei o PPC (Personal & Professional Coaching), pensei sobre o fato de às vezes darmos muito valor ao passado e focarmos pouco no presente. Refleti sobre a importância de nos desapegarmos de sentimentos ruins. Na importância do perdão... Ouvimos muito falar sobre essas coisas, mas na maioria das vezes, não aplicamos às nossas vidas.

E o mais importante disso tudo é perceber que acreditando ou não numa fórmula da felicidade, podemos trabalhar para viver mais felizes e plenos. Perdoando aos outros e a nós mesmos, relevando falhas, desencontros e problemas do passado, focando nossa vida no presente, lutando por um futuro melhor.

Às vezes desenterramos questões do passado, sem perceber que assim, nos tornamos prisioneiros de uma situação ou condição que vivemos/tivemos e que já não existe mais, ou que pode ser superada se nós quisermos.

Reforço aqui a minha grande convicção de que somos capazes de feitos inimagináveis e de que somente nós mesmos podemos nos fazer felizes. A felicidade está em cada pequena coisa que vivemos num minuto, num dia ou num ano.

"Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, ele te aguarda em tua fé interior. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, ela habita em ti desde a eternidade." (Mestre Khane)

A escolha é nossa: Viver feliz, com intensidade, com paixão, ou simplesmente sobreviver. Entendendo que tudo o que acontece em nossas vidas está relacionado a escolhas diretas ou indiretas que fizemos algum dia...

Eu escolhi me perdoar por todas as minhas falhas e seguir em frente. Fazendo de cada pedra no caminho uma escada, que me levará a caminhos de luz, paz, amor, sossego, saúde e prosperidade!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Inteligência emocional e coaching

Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional, diz em seu novo livro, "Primal Leadership" e em seu recente: "Artigos de revisão do negócio Harvard", que o Coaching é um método poderoso para desenvolver a inteligência emocional e, portanto cultivar a excelência. Goleman afirma que um "Coach ajuda você a descobrir seus sonhos, entender suas forças, proporciona novos entendimentos, exerce um grande impacto sobre os outros e nos guia nos passos da aprendizagem".

domingo, 16 de janeiro de 2011

Como anda sua conta bancária emocional?

"O ingrediente mais importante que depositamos, em qualquer relacionamento, não é o que dizemos ou fazemos, mas sim o que somos".

Ouvi falar da conta bancária emocional pela primeira vez, através da leitura de um livro do Stephen Covey – Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes – leitura imprescindível a todos sob meu ponto de vista.

A conta bancária emocional é o lugar onde fazemos “depósitos de confiança”. Ser íntegro, honrar seus compromissos, compreender, ser gentil, cortês, honesto, faz com que sua conta bancária emocional fique bastante alta.

Quanto mais depósitos fazemos na conta bancária emocional, mais crédito teremos com as pessoas. Uma conta bancária emocional alta, faz com que a comunicação seja eficaz e nos permite viver confiantes e seguros. Sem isso, corremos o risco de vermos nossos relacionamentos ruírem.

De acordo com o autor, nossos relacionamentos mais constantes, como o casamento, exigem os depósitos mais frequentes. Devido às expectativas permanentes, os antigos depósitos se evaporam.
Existem seis depósitos importantes para aumentar a conta bancária emocional:

1)Compreender o indivíduo
2)Prestar atenção às pequenas coisas
3)Honrar os compromissos
4)Esclarecer as expectativas
5)Demonstrar integridade pessoal
6)Pedir desculpas sinceras quando você faz uma retirada

Sugiro agora, que você retire um extrato da sua conta bancária emocional e reflita: quanto você tem depositado diariamente em todas as suas relações? No trabalho, em casa, com os amigos...

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...