segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Do Livro: Treine a mente, mude o cérebro


Através das muitas tragédias que se abateram sobre o povo tibetano, o Dalai Lama viu em primeira mão o que ele acredita ser o poder da mente de transformar o cérebro. Ele conta a história de Lopon-la, um monge que ele conheceu em Lhasa antes da invasão chinesa. Preso pelos chineses durante 18 anos, Lopan-la fugiu para para a Índia depois de ser finalmente liberado. Vinte anos depois disso, o Dalai Lama o encontrou novamente."Ele parecia o mesmo", disse o Dalai Lama ao seu amigo Victor Chan. "Sua mente ainda afiada depois de tantos anos na prisão. Ele ainda era o mesmo monge gentil... Eles o torturaram muitas vezes na prisão. Perguntei se alguma vez ele tivera medo. Lopon-la então me disse: 'Sim, eu tive medo de uma coisa. Tive medo de perder a compaixão pelos chineses.'Fiquei muito comovido com isso, e também muito inspirado. O perdão o ajudou na prisão. Por causa do perdão, sua experiência ruim com os chineses não foi pior. Mentalmente e emocionalmente, ele não sofreu muito."

sábado, 16 de julho de 2011

Diferenças

Há algum tempo, venho exercitando o não julgamento e quando vou formar uma opinião sobre determinado assunto, tenho procurado fazê-lo baseando-me mais em fatos do que em emoções. Entretanto, essa semana, estava em uma loja de um shopping de BH, satisfazendo minhas necessidades capitalistas e ouvi, infelizmente algo que me deixou estarrecida. Uma mãe chamava atenção de seu filho porque ele estava fazendo birra e se comportando de uma maneira que ela não aprovava. Até aí tudo bem, mas não é que essa mãe acabou soltando a frase: “Você está parecendo um índio! Um selvagem, um menino de rua mal-educado e feio”. Não estou mentindo quando lhes digo que tive vontade de chorar. Imaginem só, se essa criança dá ouvidos ao que essa mãe fala? Se ele estava agindo de maneira errada, ou indesejada, ele se parecia com um índio ou um “menino de rua”.

Assim, acabo emitindo minha opinião, baseada no que vi e ouvi. Que essa moça não tem a mínima ideia do tamanho do preconceito que ela demonstra com uma fala dessas, talvez seja verdade. Que ela não respeita e não valoriza as diferenças, também pode ser verdade. Que ela não conhece nada sobre diferentes culturas é um fato. Pois é certo que um índio por ser índio não se comportaria “mal” naquela loja. Primeiro, porque ele não procuraria aquele ambiente, pois em sua vida e tradição, existem coisas muito mais importantes do que estar e uma loja do shopping, na tarde de uma quinta-feira. Segundo, porque ainda que ele por ventura, tivesse assimilado algo da cultura dos “brancos”, ele não estaria agindo como aquela criança. Sobre o “menino da rua”, caso pudesse ter acesso ao shopping – nunca vi um “menino de rua” no shopping , ele não estaria fazendo birra ou sendo “feio” dentro daquela loja, porque o fato de ser de uma classe menos favorecida só o faz agir de maneira diferente da nossa, não necessariamente pior ou melhor do que o filho dela.

Me ocorreu ao final de tudo isso, que essa criança está correndo um sério risco de se tornar um adolescente e um adulto preconceituosos e maldosos. Um daqueles que cometerá bullying em sua escola e se julgará acima do bem e do mal. Podem achar exagerada essa minha previsão, mas lhes asseguro que a coisa pode bem começar desta maneira.

Torçamos para que essa criança possa ter outros exemplos, que lhe mostrem que ser diferente é legal, que devemos respeitar os outros povos e culturas e que cada um de nós, com seus erros e acertos tem muito a aprender nesse mundão a fora, com índios, negros, brancos, homossexuais, idosos, etc, etc, etc...

Convido-os a ler meu texto sobre minha opinião no que se refere ao bullying postado aqui no blog em 24/06/2010.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Você usa drogas?

Dro.ga
1.Med. Qualquer composto químico de uso médico, diagnóstico, terapêutico ou preventivo.
2.Restr. Substância cujo uso pode levar a dependência (4). 3.Restr. Substância entorpecente, alucinógena, excitante, etc. 4.Coisa de pouco valor ou desagradável. (Aurélio)

Você já usou remédios indiscriminadamente? Já comprou algo que não precisava? Já teve pensamentos negativos e deixou que estes invadissem sua cabeça, e seu coração? Já acreditou que uma coisa qualquer lhe traria felicidade?

Pois bem, a segunda parte do seminário “Felicidade?” me fez ter novas ideias... A filósofa Márcia Tiburi me espanta com sua sabedoria e leveza... Conversamos sobre coisas como a ideia da Indústria Cultural de Adorno e sobre O Mal estar na civilização de Freud. Pode parecer pesado e difícil falar sobre isso, mas ela consegue democratizar o saber e sua intelectualidade.

Conversamos sobre como o pensar e o criar estão cada vez mais escassos. Como a indústria do consumo tem tentado “imbecilizar as pessoas”, fazendo-as acreditar que precisam de coisas para ser alguém, ou para serem mais felizes. Como a própria ideia do consumismo é algo sinistro... Volto ao
Aurélio:
Com.su.mir: Verbo transitivo direto. 1.Corroer até à destruição; destruir. 2.Destruir pelo fogo. 3.Gastar (bens de consumo ou de produção) pelo uso. 4.Absorver (alimento ou bebida). 5.Enfraquecer, abater. 6.Desgostar, mortificar. Verbo intransitivo. 7.Adquirir bens de consumo ou de produção. Verbo pronominal. 8.Apoquentar-se. [C.: 52]§ con.su.mi.ção sf.

Você consome, ou usa os seus bens? Você compra algo para usar ou para consumir? Do que você necessita? Discutimos sobre isso e fomos parar nas escolas: campos de emburrecimento coletivo... salvo raras exceções. (Márcia Tiburi disse que não conhece as exceções o que provocou risos). Faço minhas as palavras do meu querido Rubem Alves: as escolas fazem dos alunos rolos de carne moída. Entram diferentes e saem todos iguais.

Resta dizer que no meio de tudo isso, estamos nós, seres humanos, buscando mais humanidade em nossos dias, ainda presos em ideias estranhas sobre valor, sobre sucesso e felicidade. Quem sabe se tudo o que procuramos esteja bem mais perto do que pensamos, naquele cantinho, apertado, pedindo para sair, implorando que não o sufoquemos com drogas e mais drogas...
O Seminário continua na semana que vem na Casa Fiat de Cultura, terça-feira, às 19:30. Entrada Gratuita.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Coaching: A importância de ações consistentes e decisões assertivas

Não é segredo que ação é a palavra chave para as pessoas de sucesso. Entretanto, antes de entrar em ação, é importante adquirir maior autoconhecimento, reconhecer seus valores íntimos, suas crenças fortalecedoras e limitantes de forma que suas ações sejam mais consistentes, demonstrando congruência, integridade e assertividade. o que com certeza trará melhores resultados.
É nesse sentido que o coaching trabalha, possibilitando a utilização dos seus recursos adormecidos para atingir resultados mais positivos. Quando você descobre aquilo que verdadeiramente é importante para você, quando entende que seus valores e convicções interferem diretamente no seu modo de relacionar e executar seu trabalho, você passa a ter ações mais consistentes e toma decisões mais assertivas. O processo de coaching visa uma melhor performance e alcance de melhor qualidade de vida.
No ambiente empresarial , dada a importância de uma cultura organizacional que possibilite a construção de processos dinâmicos e eficazes, autogeridos e de renovação constante, o coaching executivo ou empresarial torna-se uma necessidade, pois os líderes e gerentes que passam pelo processo, desenvolvem um perfil de atuação menos condutivo e controlador e mais orientativo e participativo, substituindo o tradicional gerenciamento por meio do comando e controle pelo diálogo e foco em resultados.
Resumindo, coaching é mudança de paradigma, é encontrar o mapa correto para diferentes situações e melhorar sua performance à partir do autoconhecimento e da ampliação da consciência.

terça-feira, 19 de abril de 2011

"Coaching é tão antigo como a própria humanidade"

Lendo o livro "Coaching Executivo" de Rosa Krausz, tenho me deliciado cada vez mais com os estudos sobre coaching... divido este trecho citado por ela com vocês:
"Maher & Pomerantz, afirmam que coaching não é modismo e não é novo, tendo suas raízes em princípios filosóficos e práticas que remontam a Aristóteles, ao pensamento budista, à teoria da Gestalt e a diversos gurus de ontologia e negócios. Pode-se dizer que a taxonomia do coaching abrange uma sabedoria antiga e moderna".

Importante é ressaltar que a atualização do nosso conhecimento atrelado a ideias de grandes pensadores do passado só poder nos trazer um futuro bastante promissor...

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Centopeia e o Gafanhoto

Conta-se que um dia, um gafanhoto encontrou-se com uma centopeia que descansava no meio da folhagem. "Dona Centopeia, eu tenho pela senhora a maior admiração.Deus Todopoderoso me deu apenas seis pernas. Para a senhora ele deu cem. Assombra-me a elegância tranquila do seu andar. Todas se movem na ordem certa. Jamais vi uma centopeia tropeçar. Mas por isso mesmo, tenho uma curiosidade: quando a senhora vai começar a andar, qual é a perna que a senhora mexe primeiro?""Obrigada pelos elogios Sr. Gafanhoto", respondeu a Centopeia. "Sua pergunta é muito interessante porque eu mesma, até hoje nunca pensei no assunto. Sempre andei sem pensar. Perdoe minha igorância. Jamais fui à escola do andar certo. Não fui conscientizada. Andei sempre um andar ignorante. Mas agora vou prestar atenção...." Conta-se que, desde esse dia a Centopeia ficou paralítica. Alves, 2010 (p 243)

Escorredor de Macarrão

A memória é um escorredor de macarrão: o que não vai ser comido, ela esquece.

Já não sei mais quantos livros do Rubem Alves eu já li. Pessoa querida para mim que se quer deve lembrar que existo. É por isso que acredito no amor, à primeira vista, a distância, de um lado só...fico imaginando quanto amor perdido há por aí... em livros fechados, guardados nas estantes...
Bem, mas não é sobre isso que eu quero falar. Lendo o livro Do Universo à Jabuticaba, desse autor, amei o trecho abaixo e por isso divido com vocês:

Quem acumula muito saber só prova um ponto: que é um idiota de memória boa. Não faz sentido aprender a arte de escalar montanhas nos desertos, nem a arte de fazer iglus nos trópicos. Na vida, a utilidade dos saberes se subordina às exigências práticas do viver. O mar é longo, a vida é curta

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...