terça-feira, 19 de junho de 2012

Introvertidos e Extrovertidos: Perfis complementares


Estava lendo um artigo que trouxe a tona uma discussão bastante importante sobre a Introversão e a Extroversão. Mencionava as cobranças excessivas aos ditos introvertidos como se o “certo” fosse ser extrovertido. Eu, tida como extrovertida por vários testes de personalidade,  pensei no quanto a “ditadura da extroversão” é injusta. Afinal, como a própria autora do artigo nos lembra, muitos dos grandes pensadores, artistas talentosos e outras tantas personalidades importantíssimas na nossa história eram tidos como introvertidos. Eu posso dizer que na maioria das vezes, é durante meus momentos de introversão que a minha criatividade vem à tona. Então ela nos chama atenção para o fato de que a introversão é tida hoje em dia quase que como uma patologia, já que em nossa sociedade, o ideal é representado pela extroversão. Gostar de grupos, do convívio social em geral, ser falante, gostar de ser o centro das atenções e sentir-se bem com isso, tomar decisões rápidas e entrar em ação e outras tantas características tidas como do perfil extrovertido. Esquecendo que “algumas das maiores descobertas da ciência, os grandes insights, a arte, as invenções desde a teoria da evolução até os girassóis de Van Gogh e os computadores pessoais – vieram de pessoas quietas que sabiam se comunicar com o seu mundo interior”. Assim , podemos concluir que dizer que todos tem que ser extrovertidos ou apresentar características desse perfil é um grande equívoco. O que ocorre é que cada um com suas especificidades pode contribuir muito em diferentes situações. O introvertido pode ser uma pessoa tímida ou não. O extrovertido também - embora esta seja uma característica mais predominante no primeiro grupo. Entretanto, “a introversão pode ser entendida como sinal de uma rica vida interior. E mais: “eles podem ter várias habilidades sociais e até gostar de festas e reuniões de negócios, mas depois de um tempo, desejam estar em casa”. Algum problema nisso? O mais importante a meu ver, é sabermos trabalhar com o que cada um traz de bom sem exigir características tidas como um “ideal” que pode estar obrigando pessoas a ser o que não são, não desejam e não precisam ser!  Abaixo à ditadura dos iguais ou do perfil ideal! Cargos exigem um perfil ideal, mas cada um decide o que quer ser, como se sente melhor e o que topa fazer. Valorizo o respeito às diferenças, o respeito a cada pessoa, com suas idiossincrasias e o reconhecimento do valor de cada um! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...