Estava lendo um artigo que trouxe
a tona uma discussão bastante importante sobre a Introversão e a Extroversão. Mencionava as cobranças excessivas aos ditos introvertidos como se o “certo” fosse ser
extrovertido. Eu, tida como extrovertida por vários testes de personalidade, pensei no quanto a “ditadura da extroversão” é
injusta. Afinal, como a própria autora do artigo nos lembra, muitos dos grandes
pensadores, artistas talentosos e outras tantas personalidades importantíssimas
na nossa história eram tidos como introvertidos. Eu posso dizer que na maioria das vezes, é durante meus
momentos de introversão que a minha criatividade vem à tona. Então ela nos chama
atenção para o fato de que a introversão é tida hoje em dia quase que como uma patologia,
já que em nossa sociedade, o ideal é representado pela extroversão. Gostar de
grupos, do convívio social em geral, ser falante, gostar de ser o centro das
atenções e sentir-se bem com isso, tomar decisões rápidas e entrar em ação e
outras tantas características tidas como do perfil extrovertido. Esquecendo que
“algumas das maiores descobertas da ciência, os grandes insights, a arte, as
invenções desde a teoria da evolução até os girassóis de Van Gogh e os
computadores pessoais – vieram de pessoas quietas que sabiam se comunicar com o
seu mundo interior”. Assim , podemos concluir que dizer que todos tem que ser
extrovertidos ou apresentar características desse perfil é um grande equívoco. O
que ocorre é que cada um com suas especificidades pode contribuir muito em
diferentes situações. O introvertido pode ser uma pessoa tímida ou não. O extrovertido
também - embora esta seja uma característica mais predominante no primeiro
grupo. Entretanto, “a introversão pode ser entendida como sinal de uma rica vida
interior. E mais: “eles podem ter várias habilidades sociais e até gostar de
festas e reuniões de negócios, mas depois de um tempo, desejam estar em casa”.
Algum problema nisso? O mais importante a meu ver, é sabermos trabalhar com o
que cada um traz de bom sem exigir características tidas como um “ideal” que
pode estar obrigando pessoas a ser o que não são, não desejam e não precisam
ser! Abaixo à ditadura dos iguais ou do perfil
ideal! Cargos exigem um perfil ideal, mas cada um decide o que quer ser, como
se sente melhor e o que topa fazer. Valorizo o respeito às diferenças, o respeito
a cada pessoa, com suas idiossincrasias e o reconhecimento do valor de cada um!
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