Estava lendo um artigo que trouxe
a tona uma discussão bastante importante sobre a Introversão e a Extroversão. Mencionava as cobranças excessivas aos ditos introvertidos como se o “certo” fosse ser
extrovertido. Eu, tida como extrovertida por vários testes de personalidade, pensei no quanto a “ditadura da extroversão” é
injusta. Afinal, como a própria autora do artigo nos lembra, muitos dos grandes
pensadores, artistas talentosos e outras tantas personalidades importantíssimas
na nossa história eram tidos como introvertidos. Eu posso dizer que na maioria das vezes, é durante meus
momentos de introversão que a minha criatividade vem à tona. Então ela nos chama
atenção para o fato de que a introversão é tida hoje em dia quase que como uma patologia,
já que em nossa sociedade, o ideal é representado pela extroversão. Gostar de
grupos, do convívio social em geral, ser falante, gostar de ser o centro das
atenções e sentir-se bem com isso, tomar decisões rápidas e entrar em ação e
outras tantas características tidas como do perfil extrovertido. Esquecendo que
“algumas das maiores descobertas da ciência, os grandes insights, a arte, as
invenções desde a teoria da evolução até os girassóis de Van Gogh e os
computadores pessoais – vieram de pessoas quietas que sabiam se comunicar com o
seu mundo interior”. Assim , podemos concluir que dizer que todos tem que ser
extrovertidos ou apresentar características desse perfil é um grande equívoco. O
que ocorre é que cada um com suas especificidades pode contribuir muito em
diferentes situações. O introvertido pode ser uma pessoa tímida ou não. O extrovertido
também - embora esta seja uma característica mais predominante no primeiro
grupo. Entretanto, “a introversão pode ser entendida como sinal de uma rica vida
interior. E mais: “eles podem ter várias habilidades sociais e até gostar de
festas e reuniões de negócios, mas depois de um tempo, desejam estar em casa”.
Algum problema nisso? O mais importante a meu ver, é sabermos trabalhar com o
que cada um traz de bom sem exigir características tidas como um “ideal” que
pode estar obrigando pessoas a ser o que não são, não desejam e não precisam
ser! Abaixo à ditadura dos iguais ou do perfil
ideal! Cargos exigem um perfil ideal, mas cada um decide o que quer ser, como
se sente melhor e o que topa fazer. Valorizo o respeito às diferenças, o respeito
a cada pessoa, com suas idiossincrasias e o reconhecimento do valor de cada um!
terça-feira, 19 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Samsara
As pessoas, situações e coisas
vem e vão em nossas vidas, mas parece que a gente não consegue compreender que
tudo é transitório, que nada será sempre nosso (alguns nunca foram) e que nenhum de nós tem o poder de manter nada
nem ninguém ao seu lado para sempre. O meu trabalho não será para sempre meu,
as pessoas que eu amo não estarão para sempre comigo, minha casa não será
sempre minha, meu marido pode decidir ir embora amanhã.
Nem a ansiedade que eu sentia ontem
e nem a tranquilidade que sinto agora são permanentes. Mas insistimos em agir como
se tudo fosse ficar sempre em seu lugar, procurando a felicidade aqui e ali,
imaginando que quando conquistarmos isso ou aquilo atingiremos a plenitude!
Ocorre que a única certeza que temos na vida é a da impermanência! Daí a
importância de não perdermos um minuto sequer das nossas vidas, dos momentos
com pessoas especiais, das conquistas e de toda e qualquer experiência vivida.
Aceitar essa ideia pode parecer
assumir uma postura pessimista. Mas posso dizer que eu, por aceitar essa
condição, tenho vivido com muito mais equilíbrio, alegria e otimismo. Se hoje
estou sofrendo, amanhã virá o sol que trará luz para os meus dias, se o dia de
hoje não foi como eu esperava, no dia seguinte farei o que puder para que seja
melhor, se hoje magoei alguém, pedirei perdão e buscarei trabalhar para evitar
que isso ocorra novamente, se hoje conquistei algo, começo a planejar a próxima conquista, pois é certo que eu a desejarei. É um ciclo... felicidade, tristeza... samsara!
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Por cima não, ao lado, juntos!
Não gosto da expressão: “estar por
cima” ou “por baixo”. Não me parece nada humana... Se você está “por cima”,
quer dizer por cima de alguém e não considero grandes coisas estar por cima de
um, de muitos ou de todos. Afinal, se você não é o melhor que você pode ser, se
os seus parâmetros estão relacionados exclusivamente ao que outros alcançaram,
você é apena um competidor. E tenho aprendido que a maior e mais bela batalha a
que podemos nos entregar é a batalha interna: com nossos medos e anseios, dificuldades
e potencialidades, pontos positivos e pontos a melhorar. Nos relacionamentos,
faço votos de que cuidemos de ajudar as outras pessoas a serem tudo o que elas
puderem e que não nos ocupemos a sermos melhores do que elas. Por cima não! Ao
lado, juntos!
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