sábado, 3 de junho de 2023

O Curso da Minha Vida

 



Olá pessoal, eu sou a Cynara Bastos, a escritora por trás desse blog. Nesse post, quero contar um pouco sobre o Curso da Minha Vida, que tem importância determinante na criação do Curso da SUA vida, com inscrições abertas!

Eu leio muito, e sempre que possível utilizo meus aprendizados nas consultorias, mentorias, cursos e workshops que realizo. Além procuro associar minha experiência profissional, com todas essas leituras e produzir conteúdo por aqui, no blog “jornada responshabil”, no instagram @bastoscy, no Youtube https://bit.ly/conectecy e no LinkedIn https://bit.ly/3qfe6TV.

Eu amo escrever e compartilhar o que tenho aprendido. Adoro o meu trabalho e decidi que começaria a produzir alguns cursos online. Vocês poderão continuar, como sempre, aproveitando os conteúdos gratuitos, que são muuuitos. 

Mas agora, poderão acessar os cursos e mentorias, criados com muita dedicação e carinho que estão disponíveis no meu Hotmart Club: https://go.hotmart.com/D83248357K?dp=1 .

Bom, deixa eu lhes contar um pouco na minha história!

Ao longo da minha carreira, orientei muitas pessoas em seus processos de desenvolvimento, especificamente em suas jornadas profissionais. Mas a gente sabe que nunca uma coisa é só profissional ou pessoal, afinal o ser é um só.

Nos últimos tempos tendo voltado um pouco mais para mim mesma, meus processos, minhas escolhas e os resultados delas, vivi algumas experiências importantes. Eu me separei, mudei de cidade, assumi um novo desafio no trabalho, criei o que chamei a “self compassion journey” e meu feed no Instagram ficou tomado por essa hashtag: #selfcompassionjourney 😊.

Nessa jornada eu estava muito interessada em saber mais sobre mim e principalmente, como ser eu mesma, a provedora de tudo aquilo que eu precisasse dali em diante. Minha intenção também era saber quem eu era depois de quase 13 anos de casada e 40 anos recém completados.

Li muito e trabalhei com dedicação – como sempre, comecei a praticar novos esportes, viajei sozinha, conheci pessoas novas, fiz muitas coisas diferentes... e revi meus paradigmas e crenças. Eu desejava ampliar minha autoconsciência e minha consciência sobre o mundo, aprender ao máximo sobre como tirar os melhores ensinamentos de cada experiência. Nesse processo, a palavra, a qualidade, “maturidade” estava sempre presente.

Tudo o que eu pensava, todas as minhas reflexões, acabavam me levando à relevância dessa característica, do desenvolvimento dessa competência. E não foi somente na minha experiência pessoal. No meu trabalho, na faculdade em que eu trabalhava e depois com os meus clientes na minha consultoria, sócios, gestores de negócios diversos, líderes de todo tipo e seus times, a maturidade se mostrava como decisiva para forjar relações e estilo de gestão, que poderiam de forma determinante, contribuir para a elevação da performance e alcance dos resultados almejados.

O que eu percebi, é que a maturidade é a chave. Aonde quer que estejamos, seja qual for o nosso desafio. É através dela, que vamos adquirindo recursos para viver com mais sabedoria, com humildade e maior equilíbrio, diante dos altos e baixos da vida.

Fomos crianças um dia. Alguns tiveram suas necessidades atendidas, outros nem tanto. Alguns tiveram mais ou menos dificuldades. E com a maioria de nós, a criança ferida ficou. O que gerou um adulto fragilizado, às vezes mimado, carente, medroso e/ou intolerante. Nesse processo muitos comportamentos nocivos podem ter sido adotados de forma inconsciente. Se formos bem sinceros conosco mesmos, podemos identificar mais de uma situação (possivelmente várias) nas quais agimos tomados por essa criança. Tudo, sempre, na tentativa de sermos amados. E erramos. Natural.

Entretanto, embora os erros sejam parte da vida, precisamos aprender a identifica-los, admiti-los e compreender porque erramos, para que possamos evoluir e amadurecer.

Desde então, no meu trabalho pessoal, no meu processo terapêutico, no meu trabalho com meus parceiros e clientes, o que eu mais busco é identificar os traços da maturidade ou da falta dela, nas diversas situações que vivo e vivemos.

É curioso não? Muitas vezes, a gente se engana esbravejando contra o mundo e os outros, quando essa prática significa justamente ir contra a possibilidade de construir a vida enriquecedora que queremos. Precisamos ampliar nosso autoconhecimento dia a dia, e o ápice da nossa existência se dá, quando percebemos que nosso comportamento e nossas escolhas dão o tom das nossas vidas.

Bem quanto ao Curso da Minha Vida, sigo cuidando para que ele tenha a minha cara, o meu jeito e me leve para onde eu quero ir.

Agora me conta, e o seu? Como anda o Curso da SUA Vida? Qual a música que sua alma está tocando? 

Eu identifiquei os 3as necessários para adquirirmos cada vez mais maturidade e coragem para vivermos uma Vida mais Autêntica: autoconhecimento, autoconfiança e autenticidade.


Eles são os pilares do Curso da SUA vida! Te convido a conhecer a proposta neste link: https://bit.ly/42uH2Fa



quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Quanto tempo o tempo tem?

 



“Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Entro num acordo contigo
Tempo, tempo, tempo, tempo

Oração ao Tempo – Maria Gadú

Talvez nosso maior problema com a ansiedade seja nossa dificuldade de compreender, ou aceitar o tempo das coisas, de Deus ou do Universo e nossa insistência em viver em tempos passados ou futuros e quase nunca no presente.

Comecemos pelo “dar tempo ao tempo”: não dá para tirar a dor de dentro do peito à força, não adianta ficar abrindo a porta do forno para olhar o bolo, como isso fosse apressar seu cozimento, não dá para apressar o tempo para se adquirir competência em algum tema.

Sobre a experiência que leva à competência, veja o exemplo de Howard Gardner, por exemplo, que relata que demorou 10 anos para se tornar psicólogo, depois que se formou.

Quanto à superação da dor, pensemos no luto - esse é um processo que precisa ser vivido, para que possamos superar dor, entendendo que passamos por esses processos, não apenas quando uma pessoa querida ou animal de estimação morre, mas também quando relacionamentos são encerrados, quando passamos por uma demissão, quando acontece algum outro grande evento doloroso em nossas vidas.

Sigamos nossa reflexão: dei ao título desse texto o refrão da música da Marisa Monte, chamada “Quanto tempo”

“Quanto tempo o tempo tem, eu não sei não lembro muito bem. 

Mas aquele sentimento eu não esqueço.”

Quanto Tempo - Marisa Monte

É uma música “simples” mas que me fez refletir sobre o que é o tempo para mim, sobre a sensação que temos quando 1 minuto parece 1 hora, ou o contrário, sobre o fato de que alguns sentimentos a gente nunca mais esquece mesmo e ainda, nossa sábia capacidade de apagar as coisas menos importantes da memória.

Mas nos concentremos agora no fato de que “a dor passa, mas não passa ter doído”*, algumas coisas a gente não vai esquecer mesmo, vai ficar marcado, mesmo depois muito tempo. Isso tudo vai nos fortalecendo, criando experiência, gerando aprendizados que nos permitirão adquirir maturidade. 


A dor passa   


Acredito que qualquer coisa que precisemos forçar, insistir de forma excessiva, talvez seja o caso de deixar um pouco de lado. Talvez o esforço esteja no terreno e no momento errados. Talvez se deva “dar um tempo”, para refletir, para identificar problemas – e por que não, encontrar as soluções para a questão.

A gente precisa dar tempo ao tempo, dar tempo para uma ferida cicatrizar, dar tempo para uma resposta chegar, dar tempo para os outros processarem as situações e experiências vividas. Nós não temos todas as respostas prontas, ninguém tem. E cada um, precisa de um tempo maior ou menor para processar determinadas coisas. Tudo (e também todos) tem seu tempo.

E já que estamos falando do tempo, lembremos de quão precioso o tempo é, já que pelo menos nesta vida, há um prazo para terminar. Aproveitemos bem o nosso tempo. Não estou falando de produtividade desenfreada ou pura e simples, estou falando sobre aproveitar o tempo para o que é bom pra gente. Da melhor maneira possível. Meu convite aqui é: não faça nada para “matar” ou “passar” o tempo. Faça porque é útil para você, para descansar, para refletir, para lhe fazer crescer e evoluir. Lembremos do ócio criativo, tão bem explorado pelo Domenico de Masi.


    



Cuidemos então de respeitar o Sr. Tempo, de dar tempo ao tempo, de aproveitar bem o tempo que temos, de conhecer nossas necessidades e nossos processos, de respeitar o nosso jeito de ser e usar o nosso tempo, de compreender os outros e suas necessidades e de buscar uma experiência cada vez mais lucida e conectada com as nossas essências verdadeiras.

 

Antes de terminar, quero lembrar que a ideia “dar tempo ao tempo” também pode remeter à “o tempo cura”, e cura mesmo – mas não é como uma entidade mágica, nós precisamos nos esforçar, refletir, estudar, desenvolver o autoconhecimento, conhecer a situação, conhecer ou compreender as motivações dos outros envolvidos nas situações, as quais buscamos soluções.

“Valeu esperar, o tombo foi grande a volta também
Mas nada é impossível pra quem tem, cada vez
Mais força de vontade pra lutar.”

O Tempo - Maneva  

Façamos bom uso do nosso precioso tempo, que não passa, voa e bem rápido!

Por favor, deixe seu comentário e conte-nos o que é tempo para você, como você lida com o seu tempo e o que tempo já lhe ensinou! 

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Nervosismo, alterações frequentes de humor... você está sentindo isso?

 




No meu trabalho como consultora, tenho a satisfação de estar em contato com muitas pessoas, de diversas áreas de atuação em empresas e segmentos também diversos. Nas conversas, reuniões e treinamentos, temos trocas e experiências fantásticas. Entretanto, algo tem chamado minha atenção atualmente: muitas pessoas tidas como calmas, relatam impaciência, nervosismo e um certo desequilíbrio em suas atitudes.

Ao prestar um pouco mais de atenção a essas queixas, encontrei pessoas amedrontadas, assustadas, às vezes acreditando que precisavam dar conta de tudo, “custe o que custar”, ou que nem sabiam o preço que estavam pagando e a conta que viria fatalmente ao final.

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Eu comecei então a lembrá-las de que vivemos e ainda estamos vivendo tempos sombrios. “Passamos” por uma pandemia que dizimou muitas vidas pelo mundo a fora, que trouxe impactos sociais, econômicos, emocionais e psíquicos gravíssimos. Os quais estamos vivendo ainda. Associa-se a isso, questões políticas locais e globais, que impactam sobremaneira, as cabeças e as vidas de todos(as) nós.

Além de todos esses acontecimentos e questões impactantes, há as demandas normais do trabalho e da vida pessoal, que também não dão trégua e se tornam muitas vezes, cargas pesadas demais.

Neste texto quero falar um pouco sobre as redes de apoio, da distribuição de tarefas e outros cuidados possíveis e necessários com o seu SER.

Primeiro ponto: pessoas que amam o trabalho, que são muito responsáveis e dedicadas aos seus papeis na vida, são as primeiras a sofrer de exaustão emocional e psíquica provocadas pelo trabalho. Eu já ouvir de muitas pessoas sofrendo de burnout a fala: “Eu não sou assim não”. E eu lhes pergunto: “assim como”? “Eu não fico doente”, “Eu sou forte”, Como se o esgotamento fosse um fracasso pessoal, uma fraqueza da pessoa. Como se suas energias não pudessem se esgotar.

O único fracasso que existe no esgotamento das suas forças emocionais e psíquicas, é o seu descuido com os sinais que sua mente e corpo dão, quando as coisas não vão bem. Dores de cabeça persistentes, cansaço constante, nervosismo, explosões emocionais, dores no estômago, na coluna, dificuldade para dormir e tantos outros.

Segundo ponto: quanto e que tipo de conteúdo você consome nas redes sociais? Você sabia que há gente muito qualificada, compartilhando temas extremamente atuais para os nossos tempos? Inclusive sobre saúde mental? Cito dois ótimos no instagram: @olugar, @ocursodasemocoes. A propósito, nos meus reels, eu mesma compartilho reflexões diárias bem bacanas! @bastoscy 😊

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Terceiro ponto: você faz terapia? O processo terapêutico (com um(a) bom(a) profissional) é totalmente diferente de conversar com um amigo(a). Através de métodos e técnicas validadas, a terapia/análise - o que você escolher, lhe leva a uma maior compreensão sobre si mesmo(a), lhe permite amadurecer e estabelecer melhores relações, além compreender e lidar melhor com os acontecimentos da vida.

Quarto ponto: pessoas que são muito ativas, disponíveis e responsáveis, tendem a assumir mais responsabilidade do que os demais, deixando inclusive de delegar mesmo quando podem. Isso se aplica às tarefas de casa também! Reflita sobre suas atividades cotidianas e lembre-se que você tem que dar conta de tudo! Sempre tem alguém que pode lhe ajudar. E aqui entra a rede de apoio, nosso próximo tópico.

Quinto ponto: todos precisamos contar uns com os outros. Amigos(as), colegas de trabalho, familiares, e até mesmo outros grupos, relacionados à saúde física, mental e por que não: espiritual!

Sexto ponto: você pratica atividades físicas regularmente? Qualquer uma? No mínimo 3 vezes por semana? As atividades físicas ajudam muito no equilíbrio de corpo e mente, além de gerar inúmeros benefícios para a sua saúde geral. E mesmo quando sua rotina parecer muito insana para incluir a atividade física, lembre-se que você pode pelo menos, adotar hábitos saudáveis relacionados ao sono e à alimentação.

Bem, deixo aqui meu abraço, minha acolhida, a todas e todos que podem estar passando por muito estresse nesse momento, que sentem qualquer desequilíbrio nas suas emoções, no seu corpo, nas suas ações... Espero que este texto seja útil para você e se gostar, deixe seu comentário, dicas e claro, compartilhe com quem possa se interessar! 


segunda-feira, 31 de maio de 2021

Custos da vida que a gente não contabiliza

 


Algumas coisas nos custam absurdamente. Mas nem sempre a gente para para pensar nisso. O que é bem grave, sob o meu ponto de vista. Nossos comportamentos nos custam. Nossos pensamentos nos custam. Agir vai custar, ficar na inação, também vai custar. Pensar vai custar, se não pensar também.

Esses custos vão muito além dos financeiros, são energéticos, psíquicos, emocionais, físicos.

As vezes a gente gasta mais energia do que deveria. Se esgota. No trabalho pode chamar Burnout, nos relacionamentos pode ser sinônimo de desgaste, ou até de uma separação.

“De repente” você que dormia bem, passa a dormir mal. Os pensamentos lhe acordam no meio da noite, ou não lhe deixam dormir. Você está cansado demais para descansar. Você vê sua energia se esvaindo e não consegue parar nem assim. Está no limite do seu limite.

Por um sopro divino, você descobre então que pode e até deve desacelerar um pouco. Ou talvez muito. Desacelerar as atividades, os pensamentos. Voltar ao sábio e merecido ócio. Se permitir o descanso – abandonar o descaso – e olhar amorosamente para você, para sua humanidade. Dizer a si mesmo: “está tudo bem em descansar e esvaziar sua mente.”

Não é fraqueza dizer que está pesado, que não dá mais, que a energia se esgotou. Pare. Escute. Se escute: o que continua fazendo sentido? O que não faz mais? Quais acordos precisam ser revistos? O que você não quer mais? O que você quer?

Diga adeus a tudo o que você não quer mais. Se fizer sentido, faça um ritual de despedida dessas coisas. Você pode escrever uma carta e jogá-la em água corrente. Pode deixar essa carta em algum lugar visível, você pode imaginar essas coisas explodindo dentro de um balão e voando pelos ares. 

Depois, declare ao Universo o que você almeja. Visualize todas essas coisas acontecendo, Perceba o que dever fazer, qual á a parte que lhe cabe para que essas coisas aconteçam. Faça novas alianças, novos acordos.

É só quando a gente consegue o devido tempo para refletir, para fazer novos acordos, que a gente consegue evoluir. Espero que entre seus desejos de evolução estejam o cuidado com seu corpo, mente e espírito! 😊

Lembre-se de considerar todos os custos sempre. Esteja especialmente atento aos custos psíquicos, físicos e emocionais. Saiba reconhecer os preços de cada ação ou inação sua, saiba quais você está disposto a pagar e saiba também que, os custos psíquicos e evolutivos da negligência a si mesmo às suas necessidades, como ser único que é, são muito, muito caros.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Afinal, quais são as bases da Síndrome do Impostor e como evitá-la?

 



Insisto neste texto sobre um tema que já está um pouco desgastado, mas pelo que percebo, também pouco compreendido e mal resolvido. Digo isso porque se não entendermos quais são as bases da Síndrome do Impostor e como podemos nos imunizar dela, talvez continue nos assombrando e também, às novas gerações.

Começo pelas origens do drama. Muitos de nós têm uma grande ferida no que tange à autoestima, alimentada muitas vezes pela ideia que desenvolvemos desde a infância de que só seríamos amados se fôssemos perfeitos. Adotamos algumas vozes externas como nossas e essa voz vira nosso crítico interno. Um juiz duro, que avalia tudo, tudo, tudo o que fazemos. Nos dedicamos a ser o “bom filho”, o “bom aluno” e essa ideia vai reverberando ao longo da vida: ser o “bom amigo”, o bom funcionário, o bom líder”.

“Buscar o amor incondicional é como buscar que o outro nos dê a nossa própria consciência. É impossível encontrar o buscado porque a pessoa literalmente, é o que ela está buscando. Enquanto ela não descobrir seu próprio amor incondicional no interior de si mesma, será impossível encontrá-lo no mundo externo. Essa é a raiz da Síndrome do Impostor.”

Observe essa história, contada pelo Fredy Kofman, no livro Metamanagement: Um CEO considerado brilhante por todos que o rodeiam, conta que na véspera do seu primeiro dia na escola primária, estava aterrorizado. Ele acreditava que se não se saísse bem na escola, perderia o amor e o respeito dos seus pais. Sem perceber, ele estava soluçando. Seus pais o ouviram chorar e foram conversar com ele, para entender o que estava acontecendo. Ele se abriu. A resposta dos pais, de acordo com ele, foi carinhosa: “não se preocupe filho, nós sabemos que você vai se sair muito bem na escola.” Só que o que ele queria ouvir era que tudo bem se ele não se desse bem na escola. Ele continuaria sendo amado se falhasse.

Nessa tentativa de conquistar o amor e admiração de quem amamos, alguns se prendem ao mindset fixo, bem explorado pela Carol Dweck que diz em suma: o fracasso deixa de ser um fato (eu fracassei), para uma identidade (sou um fracassado). No fundo, ficamos com a mensagem de que falhar é ruim, mostrar nossas vulnerabilidades é sinal de fraqueza. E quando conquistamos aquilo que nos parece um grande feito, temos medo de perder, ou de não sermos merecedores daquilo, porque no íntimo, criamos uma ideia de que as pessoas que têm êxito nasceram com uma estrela na testa e são infalíveis.

Eu não deveria estar aqui, vão me descobrir, eles vão perceber que eu não sou tão bom assim. Todas essas frases são características das vítimas da síndrome do impostor.

Tendemos a superestimar os outros, vendo-os como super capazes de tudo, inclusive de serem amados, de obterem conquistas, empregos e resultados melhores.

Me diga, você já recebeu um elogio de alguém que você admira muito? Como você se sentiu? Quando eu ainda era acometida pela síndrome do impostor com certa frequência, tendia a quase recusar o elogio.

Com o tempo, fui fortalecendo minha autoestima e comecei a ter conversas significativas com muita gente bacana, corajosa, que atingiu grandes êxitos... e elas me admitiram que também vacilam, têm dúvidas, têm medo e isso me permitiu olhar de forma mais compassiva para mim mesma. 

O vício pela excelência e a perfeição, nos cegam sobre o fato de que somos humanos falíveis.

Você pode se proteger da síndrome do impostor, se assegurando sobre o seu valor. Não se trata de sair buscando novas conquistas, novos cursos, diplomas etc. Enquanto você não reconhecer esse valor aí dentro, você vai chegar no MIT e duvidar da sua competência, aguardando apenas que venham desmascará-lo, como aconteceu com o próprio Kofman.

domingo, 7 de março de 2021

Fábula do Burro | Ensinamentos para a vida

 



Conta-se que um dia, um burro caiu num poço. Não chegou a se machucar, mas não conseguiria sair sozinho de lá. Por isso, chorava bem alto, para que alguém o ouvisse e o tirasse de lá.

 

O dono da fazenda, ficou pensando no que fazer, mas não encontrava uma solução.

 

Até que chegou à conclusão de que o burro já estava muito velho e que, era melhor deixá-lo morrer, a ficar pensado em como tirá-lo de lá. Além disso, também podia aproveitar a situação, para fechar o poço, que já estava mesmo seco e sem valia.

Então, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.

O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele e chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou.

Muitas pás de terra depois, o camponês olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu: 

O burro, estava cada vez mais próximo da saída do poço, pois a cada pá de terra que caía sobre suas costas, ele se sacudia e dava um passo sobre a terra que caía ao chão.

Assim, em pouco tempo, o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passou por cima da borda e saiu dali trotando.

Penso que a história do burrinho nos traz algumas lições:

1.     Cuidado com pessoas que se relacionam com você só pela sua utilidade.

2.     Não Importa o que fizeram com você e sim o que você faz com o que fizeram de você.

3.     As vezes você incomoda tanto, que podem querer calá-lo com umas pás de terra, e você deve ficar alerta quanto a isso. Essas pás podem ser feedbacks que lhe diminuem e outras tentativas de apagar a sua luz.

4.     No escuro do poço, pode ser que as coisas lhe pareçam insuportáveis e que você não veja saída. Sugiro que fique atento ás pás de terra, que podem lhe levar a novos patamares! 😊

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Não tenho olhos para ninguém!

 



Não tenho olhos para ninguém é uma expressão comum, entre os casais apaixonados. E esse tema pode gerar inúmeras conversas importantes.

Eu já disse e vivi coisas parecidas como essa frase. E no meu caso, foi uma experiência nada salutar. Infelizmente, ao não “ter olhos para ninguém” percebi no fim que deixei de ter olhos para mim mesma e para muitas outras questões para as quais deveria ter olhado. Isso impactou negativamente na relação que eu vivia

Sei que pode soar anti-romântico dizer isso. E se estivermos falando sobre o mito do amor romântico – aquele que nos ilude sobre o amor perfeito e à metade da laranja, é mesmo. :)

Sabe, o olhar e essa habilidade tão fundamental de enxergar, que na verdade não precisa tanto dos órgãos chamados olhos, é o que nos permite avaliar nossos relacionamentos, sejam eles de que ordem forem.

Precisamos ser capazes de enxergar toda a beleza, mas também precisamos enxergar a dor, a dificuldade e entender que fazem parte da vida. E mais importante: precisamos olhar continuamente para fora também, de nós, das relações, para que não nos alienemos em modos de ser, de amar, de trabalhar e viver.

Às vezes optamos por pactos de silêncio e cegueira sobre situações e comportamentos que poderiam ser discutidos e melhorados. Mas há o medo, o receio de perder. Algum dia nos ensinaram que quem nos ama de verdade, nos aceita como somos. Que nunca vai dizer ou desejar que mudemos algum aspecto do nosso comportamento. E a gente aprendeu direitinho: seguimos calados e pior, cegos.

Não existe um jeito certo para isso ou aquilo, não existe a pessoa ou a escolha certa. Existe aquilo que faz sentido e é bom para você. E aquilo que é bom para um casal ou grupo que decide viver e/ou trabalhar juntos.

Esteja presente, escolha estar de verdade nos seus relacionamentos, mas mantenha os olhos abertos e olhe sempre para outras direções.

#relacionamentos #amor #dicasrelacionamento

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...