quarta-feira, 4 de março de 2015
Sobre o homem e nossos desafios
Há pelo menos 50 anos, um pouco antes de sua morte, Jung disse o seguinte à um profissional que o entrevistava:
"Uma coisa é certa; uma grande mudança de nossa atitude psicológica é iminente. Isso é certo. Porque precisamos de mais, precisamos de mais psicologia. De um maior entendimento da natureza humana, pois o único perigo real existente é o próprio homem. Ele é o grande perigo, e lamentavelmente não temos consciência disso. Não sabemos nada sobre o homem, é muito pouco. Sua psique deveria ser estudada, pois somos a origem de todo mal vindouro".
De lá pra cá, avançamos muito no que diz respeito ao estudos sobre o homem e a dinâmica psíquica, mas receio que estejamos procurando respostas para os maiores problemas que temos vivido fora de nós, quando na verdade, a resposta está em nossas ações, em nossas relações. Mesmo correndo o risco de parecer repetitiva volto a dizer: acredito fortemente que se cada um de nós se comprometer a ser o melhor que puder, a buscar novos conhecimentos, a compartilhar o que tem aprendido e adotar uma postura de colaboração e compaixão genuínas, será possível fazermos deste mundo um lugar melhor para nós e para os que virão.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Resiliência: diferentes perspectivas
Estudando sobre a resiliência descobri coisas interessantes e por isso compartilho...
Entre as décadas de
70 e 80, pesquisadores norte-americanos e ingleses voltaram sua atenção para as
pessoas - em especial crianças, que passavam por severas dificuldades, mas
permaneciam saudáveis. Chamaram-nas de invulneráveis e o fenômeno de
invulnerabilidade. Posteriormente, esse termo foi substituído por resiliência.
Entre os
pesquisadores ingleses e norte-americanos precursores dos estudos sobre a resiliência,
e os brasileiros e outros falantes da língua latina, há diferenças na maneira
de se entender e apresentar as origens do tema e também em suas concepções de
resiliência. Os pesquisadores brasileiros de um modo geral, afirmam que a ideia
por traz do termo veio da física, mais especificamente do tema sobre
resistência dos materiais, sendo que os pesquisadores norte-americanos e
ingleses, nunca mencionaram qualquer relação com esta disciplina.
Verifica-se que
dicionários da língua portuguesa e inglesa apresentam significativas diferenças
ao explicarem o termo. Se procurarmos a
palavra resiliência no dicionário da língua portuguesa, encontramos: “Resiliência
[do ingl. resilience] S.f. 1. Fís. Propriedade pela qual a energia armazenada
em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de uma
deformação elástica. 2. Fig. Resistência ao choque”. Importante ressaltar que até
1990 o termo nem fazia parte do vocabulário coloquial brasileiro. Já nos
dicionários da língua inglesa, as palavras resilience e resiliency ao que tudo
indica, já faziam parte do vocabulário coloquial de falantes desta língua há
mais de 30 anos, com uma significação menos “técnica”, menos ligada à física, e
mais relacionada a fenômenos humanos.
Um artigo de
estudantes da UFMG (informações ao final deste texto) mostra que na verdade o
conceito da física chamado resiliência não é o mais adequado para denominar o
que se chama de resiliência no campo de pesquisa brasileiro e latino, sendo
mais adequado neste caso o conceito de “elasticidade”. O artigo mencionado
explica mais detalhadamente a razão.
Para os falantes da
língua inglesa, a palavra já era conhecida – fora do âmbito da resistência dos
materiais – e provavelmente foi escolhida por ser considerada adequada para
designar os fenômenos que eram estudados e que abrangiam capacidade de resistência
a pressões e estresses.
A resiliência no
entendimento dos latinos (incluindo brasileiros) está relacionada à resistência
ao estresse, mas também aos processos de recuperação e superação de abalos emocionais
causados pelo estresse.
Pensando sobre essas
definições, a de origem anglo-saxônica e a de origem latina, eu fico pensando
se é realmente possível passar por grandes reverses na vida e permanecer
impassível. Acredito que é totalmente possível passar por situações adversas e
superá-las e que podemos lançar mão de diversas estratégias e recursos para
isso, mas tenho dúvidas se a resiliência tal como entendida pelos
norte-americanos realmente existe, ou se na verdade essas pessoas que se
apresentam resistentes ao estresse, não têm suas marcas internas. Creio que podemos
sempre escolher entre sucumbir ou seguir em frente. Mas tudo o que vivemos,
positivo ou negativo, deixa marcas em nós e não há como fugirmos disso.
Adoto então o
seguinte conceito de resiliência: a capacidade de superar e enfrentar adversidades
de forma saudável. Saber buscar e utilizar recursos e estratégias para a
superação de problemas e outras situações estressantes, sem se entregar.
Artigo mencionado: A
construção do conceito de resiliência em psicologia: discutindo as origens - Disponível
em: www.scielo.br/paideia
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Coaching pra quê?
Achei importantíssimo um artigo
da Káritas Ribas na Revista Coaching Brasil. Pensando sobre a febre de coaching
que nos assola, ela discorre sobre o que denomina “Coaching de plástico”.
Processos engessados, realizados por profissionais pouco capacitados. Isso também me fez pensar sobre as pessoas que buscam coaching apenas porque "está na moda".
Infelizmente é uma realidade o enorme
número de pessoas no mercado dizendo que são coaches. Algumas sequer fizeram
algum tipo de formação, outras fizeram uma formação mediana e outros podem até
ter feito uma boa formação, mas acham que só isso basta.
Quando fiz minha formação,
lembro-me bem do meu instrutor nos chamar atenção o tempo todo sobre a
necessidade de o coach ser um profissional estudioso do desenvolvimento humano
incluindo disciplinas como filosofia, psicologia, sociologia, entre vários
outros temas. Isso fez muito sentido pra mim e faz para vários outros coaches
sérios que conheço.
Uma formação seja ela qual for,
pede que você estude constantemente. Eu como psicóloga, nunca parei de estudar
e procurar aprender com outros profissionais da área. Foi assim quando me
especializei em gestão de pessoas e também quando me formei em coaching. Mas
parece que tem muitas pessoas por aí querendo enquadrar seus clientes em
processos de coaching engessados, como a Káritas menciona:
“Processos de Coaching de Plástico são aqueles onde o coach tem a ilusão de que munido de fichas com perguntas “poderosas” pré-programadas, ou uma lista delas é possível levar um ser humano à desenvolver sua potência, atingir sua meta e transformar-se. Tudo isso em no máximo 10 encontros”.
Outra questão que me
chama atenção é a procura por coaching apenas por que “está na moda”. Coaching
é para quem quer crescer. É para quem está disposto a despir-se de máscaras, a
abrir-se, a rever-se, a quebrar velhos paradigmas e assim seguir em busca daquilo que faz sentido para si mesmo. Coaching não é coach
pergunta, coachee responde. Coaching não é uma fôrma, onde se coloca todo tipo
de pessoas. Há que se preservar e respeitar a individualidade de cada um. O
coach não é um sabe tudo, que traz respostas. Ele é um provocador. Mas até
mesmo para provocar é preciso cuidado, conhecimento. Entender o tempo de cada
um. Lançar mão de recursos (não apenas ferramentas modelo) que façam sentido
para o coachee.
O coaching é uma das abordagens mais
interessantes que eu já conheci e tenho tido a alegria e o prazer de ouvir
coisas maravilhosas de meus clientes ao longo de seus processos e após viverem
esta experiência. E tenho plena
consciência de que esse é um trabalho de parceria: minha formação e meu
comprometimento são fundamentais, mas os resultados obtidos são fruto do
empenho do coachee.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Para um Feliz Ano Novo
“A vida como a vejo, não é um lugar, mas uma viagem. Tudo está em fluxo, e é assim que tem de ser. A vida flui. Podemos morar sempre no mesmo número da rua, mas nunca é o mesmo homem que mora lá”. Henry Ford
Final de ano é sempre assim: ano
que vem farei isso e aquilo, não farei aquilo outro mais... promessas e mais
promessas, sonhos, desejos, expectativas e esperança...
Muitos de nós já passamos por
aquela situação em que apesar de tantos sonhos e promessas, nada aconteceu.
Tenho aprendido com a vida, com meus clientes e meus estudos que não é atoa que
muita coisa que a gente queria não acontece. Às vezes porque a gente não queria
e achava que queria, às vezes porque faltou foco, às vezes porque no fundo nada
daquilo fazia sentido. Não adianta ter uma meta, é preciso saber por que você
quer aquilo, não adianta querer mudar algo, é necessário ter força e motivo para
mudar nossos antigos comportamentos.
Então eu proponho e desejo um ano
com muito propósito para cada um de nós. Escrevi muito o ano passado sobre
buscar e fazer o que mais importa pra você. Acho que todos compreenderam que eu
não estava fazendo uma ode ao “faça o que quiser” de forma egoísta e
irresponsável. Eu apenas gostaria de chamar a atenção de todos para a
importância das viagens internas, do diálogo interno, como caminho para o autoconhecimento
e descoberta do que faz a vida fazer sentido para cada um. Acredito que seremos
melhores para nós e para o mundo em que vivemos, quando nossas vidas realmente
fizerem sentido.
“Quando uma pessoa entende melhor quem é e o que mais lhe importa, suas resoluções de ano-novo são mais facilmente identificáveis, e ela terá uma boa chance de realizar algumas delas”.
Então, acredito que para termos
um Feliz Ano Novo, será bastante importante pensar: O que eu quero em 2015? Por
que eu quero isso? Isso tem relação com quais valores meus? O que eu preciso
para alcançar o que almejo? Isso depende de quem?
Hyrum Smith, diz que quando a
gente cresce, perde uma das coisas mais importantes que tínhamos quando éramos
crianças, a capacidade de investigação... aquela mania do “por quê?”. Então, reflita,
reflita, pergunte por quê. Depois que tudo estiver muito claro pra você, trace
um plano e siga em frente! Estou certa de que atingirá seus objetivos!
E se precisar de ajuda nesse
processo, conte comigo!
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Encontros consigo mesmo
Conta a lenda que dormia
Uma princesa encantada
A quem só despertaria
Um infante que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que tentado
Vencer o mal e o bem
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que a princesa vem
A princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera.
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o infante esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela pra ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino -
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino,
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada a fora
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sonho ela mora.
E inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A princesa que dormia
Fernando Pessoa
Esse
poema chegou até mim em minha adolescência. Desde então, eu
sempre voltava a ele. E tanto, que acabei decorando (de cor - de coração). E meu
amor por esse poema está relacionado ao fato de que acho possível fazermos uma analogia
entre ele e os processos de autoconhecimento pelos quais passamos.
“Conta a lenda que dormia uma princesa
encantada a quem só despertaria um infante que viria de além do muro da
estrada”...
Quem
senão a gente mesmo é capaz de nos despertar para o nosso melhor? Para a
descoberta de nossas potencialidades? Podemos ter ajuda profissional, claro, e
é até muito bom que lancemos mão desses recursos. Mas ninguém acorda de um adormecimento na vida se não quiser.
“Ele tinha que, tentado, vencer o mal e
o bem, antes que já libertado, deixasse o caminho errado por o que à princesa
vem”... Aqui, eu leio:
Ele
tinha que se haver com sua sombra e sua luz, encontrar o seu caminho e
continuar buscando a si mesmo.
“A princesa adormecida se espera,
dormindo espera. E orna-lhe a fronte esquecida, verde, uma grinalda de hera”.
Por
muito tempo em nossas vidas, parece que a gente ficou adormecido e algumas
coisas acontecem, mas a gente não se lembra, ou tem a sensação de que não era
“a gente mesmo”, quando saímos dessa situação parece que saímos de um sonho, ou
de um pesadelo. Nessas fases podemos estar inclusive esperando por algo
externo, quando na verdade o que a gente mais precisa está no interior. A
“grinalda de hera” pode nos cegar por muito tempo...
“Ele dela é ignorado, ela pra ele é
ninguém”... Sem o autoconhecimento,
eu sou alguém que não sei que existe.
“Mas cada um cumpre o Destino – Ela
dormindo encantada, ele buscando-a sem tino,
Pelo processo divino que faz existir a
estrada”...
Mas
felizmente, sempre surgem oportunidades de descobertas interiores, de contatos
com nossa essência e parece que de maneira inconsciente, acabamos buscando por
isso. Que bom!
“E se bem que seja obscuro tudo pela
estrada a fora e falso, ele vem seguro. E vencendo estrada e muro, chega onde
em sonho ela mora”...
O
processo de autoconhecimento é complexo, pode ser difícil e doloroso, mas é sempre
recompensador.
“E, inda tonto do que houvera, à cabeça,
em maresia, ergue a mão e encontra hera. E vê que ele mesmo era a princesa que
dormia”.
Então,
a gente se encontra. Encontra a si mesmo e pode assim experimentar a primeira história
de amor que deveríamos viver... consigo mesmo... Desta forma, abraçando nossa sombra e nossa luz,
amando e respeitando cada pedacinho nosso, genuinamente, podemos compreender e
amar os outros. Amor maduro.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Encontrando nossas missões
Eu gostava muito da medicina e sempre me senti honrado com os pacientes que confiavam em mim para tratar deles e de seus entes queridos. Mas escrever foi minha paixão desde menino. Sinto-me incrivelmente feliz e privilegiado por, pelo menos por enquanto, poder viver dos meus livros. É um sonho realizado.Hosseini - Autor de O Caçador de Pipas
Eu tive sorte. Tive sempre ao meu
lado pessoas que me encorajaram a buscar o que eu queria mesmo que isso
significasse fazer o que a maioria não estava fazendo. Isso me permitiu
escolher os caminhos que faziam sentido pra mim. Mas, é claro, foi preciso que
eu tivesse bastante responsabilidade para utilizar esta liberdade. E continua
sendo.
Hoje estou certa de que minha
missão é apoiar as pessoas em seus processos de descobertas e desenvolvimento. Falando
num sentido mais amplo, minha missão é: a partir do desenvolvimento das
pessoas, promover o desenvolvimento das organizações e sociedades, visando a
construção de um cultura de paz, baseada na colaboração e no respeito mútuos,
obtendo assim excelentes resultados em qualidade de vida e produtividade.
Embora eu tenha encontrado a
minha missão e saiba que reúno habilidades e competências para exercê-la, não
paro de pensar e buscar meios para que possa exercê-la de forma cada vez
melhor. Através do meu trabalho como psicóloga e coach, junto aos meus
clientes, posso exercer diariamente essa missão. Com a prática da leitura e por
minha curiosidade, aprendo coisas novas e aprofundo alguns conhecimentos.
Através da escrita em meu blog e em outros locais, compartilho o que tenho
aprendido, o que também representa para mim o exercício de meu propósito de
vida.
Cada um de nós tem um mundo de
possibilidades dentro de si e é muito importante não perdermos isso de vista.
Podemos conhecer e exercer nossa missão de diversas maneiras. Você sentirá que
está cumprindo sua missão quando estiver fazendo algo que lhe faz se sentir
fluindo... A psicologia positiva chama esse estado de Flow, um estado de
gratificação em que entramos quando nos concentramos completamente no que
estamos fazendo. Sabe aquela atividade que te envolve tanto, que quando você
percebe, o tempo voou? É disso que estou falando. Uma boa dica para chegar à
sua missão é pensar sobre suas potencialidades, sobre o que gosta de fazer,
sobre o que faz melhor em sua vida.
Alguns livros e programas de
desenvolvimento pessoal podem ajudá-lo muito nisso. Para o Ken Robison (O
elemento chave) por exemplo, sua missão está onde seu talento se encontra com
sua paixão. Para o Hyrum Smith (O que mais importa), descobrir o que mais
importa, os valores que governam sua vida, permitirá que você tenha uma vida
com sentido. Stephen Covey dirá que seguir os “Sete hábitos” é um caminho interessantíssimo.
Você pode ler esses livros,
buscar programas de desenvolvimento pessoal como o coaching, passar por uma
terapia, etc.. Você tem mil maneiras para viver uma vida com sentido! O importante
é que entre em contato consigo mesmo, que se reconheça e que trabalhe por
aquilo que faz sentido pra você!
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Sobre a paciência
“Quando se respeita o tempo das coisas
– e, em especial, quando você consegue acatar o seu próprio tempo – é natural
reagir com serenidade e compaixão com o outro e consigo mesmo”.
Leandro Quintanilha
Gostei muito de um artigo que li sobre
a paciência na revista Bons Fluídos deste mês e por isso me pus a escrever um pouco sobre esta postura. Tenho pensado
muito que tudo aquilo que desejamos em nossas vidas somente será possível
quando prestarmos atenção em nossos comportamentos e os mudarmos ou adaptarmos na
medida do possível e necessário.
Se estamos muito impacientes por exemplo, é
necessário pensarmos sobre o que provoca a impaciência. Aí vamos passear no
tema da Inteligência Emocional, algo que cada vez mais me chama a atenção. Pensando
sobre o que pode ter causado a impaciência, se estamos falando de pessoas, talvez a gente
perceba que o sentimento (estado) veio porque essa pessoa estava num ritmo diferente
do nosso, ou não deu a devida
importância a algo, ou feriu algum de nossos valores. Se estivermos nos referindo
a coisas ou situações, a impaciência pode ter sido ocasionada por algo que não
aconteceu na hora em que desejávamos, ou fomos surpreendidos por um acontecimento
indesejado... De uma forma ou de outra, seria útil pensar: a impaciência trouxe
algum benefício?
Existe uma técnica metagognitiva
que consiste em conhecer o próprio ato de conhecer, ou seja, avaliar aquilo que
acreditamos saber, pensando sobre aquilo que pensamos. Esse me parece um bom
caminho para compreender o que sentimos e assim, nos conduzir a uma condição mais
serena nas diversas situações que vivemos. De acordo com especialistas a
técnica nos auxilia também a nos tornarmos mais flexíveis em relação aos nossos
próprios pontos de vista.
Um dos significados da palavra
paciência no dicionário Aurélio é: “Perseverança tranquila”. Interessante não?
A impaciência pode parecer em certa medida, um propulsor, algo que poderia
funcionar como proatividade. Mas esse não me parece um pensamento correto. A
paciência é o que nos permite seguir em frente, mesmo quando algo dá errado no
percurso. Esse estado me remete à serenidade, ao respeito e a compreensão de
que as vezes as coisas não saem como gostaríamos, mas mesmo assim é possível e
necessário perseverar.
Além disso, a atitude paciente nos
permite aceitar e respeitar aqueles que pensam e agem de forma diferente da
nossa, a manifestar nosso ponto de vista de forma respeitosa e a saber esperar
o tempo das coisas. Afinal, como explica a psicóloga Patrícia Gebrim, a
impaciência costuma ser um sintoma associado à frustração de quem alimenta a
ilusão de que pode controlar todos os aspetos da vida. “A busca por controle é
um tentativa de evitar o sofrimento. Mas isso gera estado de tensão constante,
uma vez que, por mais que nos esforcemos, a vida sempre nos surpreende”.
Um pouco de serenidade e paciência
me parece muito útil para dias mais produtivos física e emocionalmente. A
meditação pode ser um bom caminho para isso.
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