segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Quem você é?

Seu valor está associado algo que você tem ou a algo que você é? Quem é você? Do que você gosta? Qual é a sua missão neste mundo? Você tem sido quem você é, ou quem os outros querem que você seja? Já parou para pensar que o melhor que você tem a fazer a si mesmo(a) e pelas pessoas que ama, é ser você mesmo(a)? Você se perdoa pelos seus erros e se parabeniza pelos seus acertos? Você se aceita quando sente medo e reconhece quando tem coragem para superar esses medos? Você respeita seus sentimentos? Quanto tempo do seu dia é dedicado para fazer aquilo que você gosta e que lhe faz bem? Você é real?

De acordo com E. E. Cummings, ser ninguém a não ser você mesmo em um mundo que faz o possível noite e dia, para fazer de você qualquer um, menos você mesmo, significa travar uma das batalhas mais duras que qualquer ser humano já travou, e nunca para de lutar.

Tudo isso porque quando se assume quem se é, muitos estranham e acham que isso é loucura, ou perda de juízo... mas esteja certo de que vale a pena: mergulhe o mais fundo que puder dentro de você, reconheça-se e ocupe-se em ser autenticamente você! Fácil não será, mas como disse Brené Brown, será muito mais difícil se você não tentar: “Expor seu verdadeiro eu para o mundo envolve riscos. Mas acredito que ainda há mais riscos em esconder você mesmo e seus dons do mundo”.

Sombra e luz estão aí dentro esperando sua acolhida, para juntas expressarem quem você é!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O que você faria se não fosse o medo?


“A escuridão não destrói a luz, mas a define. É nosso medo do escuro que lança nossa alegria na sombra”.
Brené Brown


Eu estava lendo um livro muito bom da Brené Brown que me foi indicado por uma amiga: A Arte da Imperfeição. A autora nos desafia a compreender e aceitar nossa imperfeição e ter a coragem de ser quem somos. Esta leitura me suscitou muitas reflexões. E a que eu compartilho com vocês agora, diz daquelas situações em que o medo nos paralisa e nos impede de buscar aquilo que desejamos. Quando o medo de sentir tristeza, nos impede de sentir alegria.

Alguns evitam se envolver com outras pessoas porque têm medo de se decepcionar, ou porque noutra situação não foram felizes com alguém; outros temem dar o primeiro passo na realização de um projeto, porque podem fracassar; e ainda temos outra situação muito grave que é aquela: “Se eu fizer isso, o que o fulano ou a fulana vão pensar?”.

Na verdade, importa verdadeiramente, se temos nos comprometido diariamente em sermos autênticos, íntegros e honestos conosco mesmos. Porque somente poderemos viver de forma plena, respeitando os outros, construindo e colaborando com os demais, quando pudermos nos conhecer, aceitar quem somos: nossa sombra e nossa luz.

Brené me fez lembrar muitas vezes alguns pressupostos do Coaching, uma das disciplinas que utilizo para trabalhar com desenvolvimento de pessoas – às vezes gastamos tanta energia pensando no que não queremos, temendo o que não queremos, que perdemos o foco sobre o que é realmente importante e que desejamos realizar/alcançar.  

“Não pergunte do que o mundo precisa. Pergunte-se o que faz você despertar para a vida e faça isso. Porque o mundo precisa é de gente que despertou para a vida”.

Por tanto medo do escuro, do fracasso, do erro, por tanta negação ao sofrimento e a recusa por mergulhos no ser, acabamos perdendo a oportunidade de vivermos alegrias e situações que nos permitirão o crescimento e o alcance de metas e objetivos.

Desta forma, fica o desafio: o que você faria se não fosse o medo? 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Quem respeita a diversidade?

“O respeito à diversidade é a capacidade de afastar a tolice arrogante que supõe ser o único modo correto de existir e ao mesmo tempo, indica inteligência estratégica de aprender como diverso e, portanto, com aquilo que comporta outro olhar e alternativas de percepção e ação”.

Estive pensando sobre o quanto estou (ou me acho) preparada para lidar com a diversidade, com as diferenças... Diferença de ideias, de comportamentos, de convicções, de crenças, de cor, de gênero, de valores e etc... Pensei sobre o quanto na verdade digo aceitar e respeitar algo, quando no fundo estou aqui e ali, querendo imprimir minhas verdades.

Pensei sobre o fato de dizermos que aceitamos/respeitamos isso ou aquilo, quando intimamente, nos colocando como “melhores”, como “os corretos”, ou “normais”, sendo que isso não passa de uma falsa compreensão sobre o que é respeitar a diversidade. A falta de humildade e a não suspensão do julgamento, nos coloca como superiores ou mais esclarecidos do que os outros e nesse exato momento deixamos de aprender inúmeras coisas que aquele outro diferente (e não errado) poderia nos ensinar.

Assim, eu posso dizer: eu almejo atingir o patamar daqueles que efetivamente aceitam, acolhem, respeitam e aprendem o que a Diversidade tem a nos ensinar.


Termino aqui com mais umas palavras do Cortella: “Há um passo essencial: lembrar sempre que reconhecer as Diferenças não implica exaltar as Desigualdades. Homens e mulheres são diferentes, não são desiguais. Negros e brancos são diferentes, não são desiguais”.   

sábado, 10 de agosto de 2013

Sobre Sonhar e Realizar Sonhos

“re:a.li.zar

Verbo transitivo direto.
1.Experimentar como fato real (aquilo que era só produto do pensamento ou imaginação).
2.Fazer com que aconteça de fato (o que era pretendido ou planejado).
3.Converter em dinheiro ou valor monetário.
Verbo pronominal.
4.Tornar-se realidade (o que era só ideia, sonho, etc.); cumprir-se, verificar-se.
5.Acontecer, ocorrer (uma atividade organizada).
6.Bras. Alcançar seu objetivo ou ideal.
§ re:a.li.za.ção sf.; re:a.li.za.dor (ô) adj. sm.; re:a.li.zá.vel adj2g.
” Dicionário Aurélio


Eu nem sei quantas vezes sonhei e abdiquei dos meus sonhos. Entretanto, sei que todas as vezes em que me comprometi verdadeiramente em realizar tantos outros, eu obtive êxito. Certa vez uma amiga me disse: ”Eu fico impressionada com a facilidade com que as coisas acontecem na sua vida”. Intimamente eu pensei: Pode parecer fácil, mas não é. Para realizar sonhos é preciso persistência, fé, disciplina, coragem e muita serenidade e força. Para aqueles momentos em que apesar de todo nosso esforço, as coisas não dão certo. Porque é justamente nessas situações, em que nos é exigido o nosso melhor, toda a nossa força, para aceitar que erramos, para rever nossas ações e da próxima vez acertar.

Cada um sabe de suas batalhas internas, de suas forças e fraquezas. O mais importante a meu ver é sonhar e realizar sonhos. E jamais desistir daquilo que faz sentido pra si mesmo.

Se você deseja fortemente algo e se compromete definitivamente em realizar, você consegue. Não é milagre. É reflexão, planejamento e ação.  

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados pode ser apenas uma corrida aos shoppings, uma competição pelo presente mais caro ou mais bonito. Como outras datas, esta pode ser apenas uma corrida às compras. Como se fosse realmente necessário e válido demonstrar o amor com presentes.

A meu ver esse pode ser um dia para celebrarmos o amor e também para pensarmos sobre nossas relações. Sobre o tipo de relação que temos estabelecido. Se temos sabido respeitar nossos(as) parceiros(as), se é o amor que existe ou se mera conveniência. Se entendermos que o outro não é parte de nós e sim outra pessoa, com seus desejos, anseios e idiossincrasias. Se compreendermos que não há qualquer garantia de que nosso(a) amado(a), estará para sempre ao nosso lado. A única garantia é a necessidade de investimento diário.

Casal não quer dizer colado, nem sempre nossa expectativas serão superadas e é importante que possamos entender que às vezes exigimos do outro o que nem nós mesmos somos. O Mito do Amor Romântico pode se tornar uma grande armadilha, é um verdadeiro engodo... É preciso muito cuidado com as promessas de amor eterno. Amor é construção, é relação. Em todas as relações é preciso que se esteja inteiro(a), envolvido e disposto(a) a fazer o seu melhor.

Príncipes e princesas habitam castelos longínquos, cheios de magia e mistério. Os contos de fada às vezes nos fazem perder de vista que somos seres de carne, emoções, desejos e sonhos...

Assim, será útil pensarmos se nossos desejos, sonhos e valores se assemelham ao dos nossos(as) parceiros(as), pois não devemos nos iludir, ninguém sonha o nosso sonho, ninguém é o que queremos que seja,  cada um é o que quer e sonha aquilo que lhe parece bom. Fulano ou fulana não serão o que queremos que eles sejam, a menos que queiram e que vejam sentido nisso.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Sobre a Banalização da Violência


Pela manhã, no caminho para o trabalho, ouvia o rádio. Tema: violência. Uma conselheira do MP dizia que a campanha “Conte até 10!” visa atentar as pessoas à banalização da violência. O comentarista, disse que a banalização começa pelo Estado, pelo nosso Governo. Um pouco depois, vem a notícia de que o prefeito de uma determinada cidade, agiu violentamente contra um cidadão que lhe teria proferido desaforos num restaurante. – “Ah! Era um casal, parecia embriagado”! Ele pede desculpas à população, porque um prefeito não poderia agir desta forma. O jornalista diz: - “Eu compreendo a reação dele. Você está num restaurante com sua família, com seus amigos, vem alguém e fica falando desaforos”? Mas ele é prefeito, não podia ter uma reação dessas. Ah tá, não pode porque ele é prefeito. Não fosse prefeito, poderia? Se alguém chegar perto de mim e começar a falar desaforos, eu vou partir para a agressão física? No meio disso tudo, pensando sobre essas contradições, me deparei com uma motorista parada no meio da Av. Francisco Sales, porque queria estacionar à direita. Eu, inadvertidamente, meti a mão na buzina! Coisa que eu mesma rechaço... Aí eu me pergunto: resolveu? Claro que não! O Prefeito com o soco na cara; O jornalista concordando que prefeito não pode, mas é compreensível agredir alguém por esse motivo; e eu tendo uma atitude estúpida, porque alguém não respeitou as leis de trânsito. A questão é:  a violência está em todos os lugares: no desrespeito a uma lei de trânsito, na agressão verbal ou física aos outros, no desrespeito às diferenças, na exploração dos menos favorecidos... Então eu fiquei pensando no quanto cada um de nós está comprometido a agir de forma pacífica. Difícil não?  Pois bem, acredito que só vamos ter dias melhores quando começarmos a fazer a nossa parte. Evitando gestos violentos, por menores que sejam e ajudando os que estão por perto a não cometer outros...  Alguns dirão: eu não tenho culpa de estarmos vivendo em condições tão inseguras, com tanta violência... Ninguém está falando de culpados, estou falando de fazermos a nossa parte. CONTE ATÉ 10! 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ontem



Ontem completei 34 anos de vida! E posso dizer: VIDA, MUITA VIDA! Porque ao longo desses anos, eu me comprometi a não me acomodar nunca, embora às vezes eu caia nessas armadilhas; a buscar sempre o melhor, ser o melhor que eu puder para mim e para os outros; eu me comprometi a me arriscar, a despeito das quedas! Eu me comprometi a superar meus medos e a não aceitar que quaisquer obstáculos me impedissem de atingir meus objetivos e quando esses se tornaram maiores do que eu, eu me permiti parar, olhar, entender melhor e pedir ajuda aos que estavam próximos; eu me comprometi a questionar nos momentos de dúvida, a defender meu ponto de vista nos momentos de discordância; eu me comprometi a nunca desistir de sonhar e buscar meios para atingir os meus objetivos. Por fim, eu me comprometi a rever constantemente a minha vida, meus caminhos, minhas relações, meus sonhos e metas.

E tudo isso não é nada fácil, porque viver intensamente dói, reconhecer-se como protagonista da própria vida dá trabalho, às vezes parece que não vai dar certo, e que todo o esforço foi em vão. Pensar sobre os planos, abrir mão, rever metas, pensar e repensar nossas ações, pode abrir feridas e a cicatrização pode ser demorada. A verdade é que eu me comprometi verdadeiramente com isso, porque tive sempre ao meu lado pessoas, familiares, amigos e mestres que me mostraram que confiar vale a pena, que se entregar vale a pena e que a gente pode muito mais mesmo naqueles momentos em que tudo parece ruir.

Assim, eu escolhi e escolho ser uma eterna aprendiz, me perdoar e aprender com os meus erros, ter maturidade e humildade para aprender com os outros e fundamentalmente acreditar: eu posso, eu sou capaz de realizar meus sonhos e de contribuir para que o mundo em que vivemos seja melhor para todos! 

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...