Temos acesso à informação como nunca, conteúdos de qualidade
inestimável e também de qualidade duvidosa. As redes sociais deram voz a “influencers”
de todo tipo, dos bons e úteis para a nossa sociedade a outros que sequer sabem
sobre o que estão falando. (E esses últimos ainda tem milhares de seguidores.)
A capacidade de discernimento e crítica sempre foi importante,
é claro. Mas se torna urgente no presente contexto.
Comece pela autocrítica: quanto você sabe sobre si mesmo? Quanto
você é capaz de criticar sua conduta, suas escolhas, sua presença no mundo? Que
tipo de ser humano você tem sido para si mesmo e para o seu entorno? Quanta
maturidade e sagacidade você tem para avaliar os feedbacks que recebe? O que é
importante observar e investir para a sua contínua evolução? Para que você não se
torne obsoleto, desnecessário ou pior: uma influência nefasta para o mundo?
Quanto ao pensamento crítico: você é capaz de desenvolver
suas próprias ideias sobre as questões centrais à sua volta? Ou tem apenas
compartilhado, propagado as ideias de outros? Quanto você é capaz de criticar os
pensamentos ou asserções das pessoas que você admira? Quem são as pessoas que você
segue e por quê? Você tem o hábito de ler, ouvir podcasts ou assistir vídeos?
Você consome conteúdo de fontes diversas? Quanto você é capaz de se aprofundar nas suas
pesquisas, discussões e interações em geral?
Perceba que a autocrítica e o pensamento crítico só podem
existir na profundidade. E a superfície é um lugar muito inseguro e perigoso
para se viver.
Não há nada mais terrível que a Ignorância” Goethe (1749-1832)
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