quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Coaching pra quê?



Achei importantíssimo um artigo da Káritas Ribas na Revista Coaching Brasil. Pensando sobre a febre de coaching que nos assola, ela discorre sobre o que denomina “Coaching de plástico”. Processos engessados, realizados por profissionais pouco capacitados. Isso também me fez pensar sobre as pessoas que buscam coaching apenas porque "está na moda". 

Infelizmente é uma realidade o enorme número de pessoas no mercado dizendo que são coaches. Algumas sequer fizeram algum tipo de formação, outras fizeram uma formação mediana e outros podem até ter feito uma boa formação, mas acham que só isso basta.

Quando fiz minha formação, lembro-me bem do meu instrutor nos chamar atenção o tempo todo sobre a necessidade de o coach ser um profissional estudioso do desenvolvimento humano incluindo disciplinas como filosofia, psicologia, sociologia, entre vários outros temas. Isso fez muito sentido pra mim e faz para vários outros coaches sérios que conheço.

Uma formação seja ela qual for, pede que você estude constantemente. Eu como psicóloga, nunca parei de estudar e procurar aprender com outros profissionais da área. Foi assim quando me especializei em gestão de pessoas e também quando me formei em coaching. Mas parece que tem muitas pessoas por aí querendo enquadrar seus clientes em processos de coaching engessados, como a Káritas menciona:

“Processos de Coaching de Plástico são aqueles onde o coach tem a ilusão de que muni­do de fichas com perguntas “po­derosas” pré-programadas, ou uma lista delas é possível levar um ser humano à desenvolver sua potência, atingir sua meta e transformar-se. Tudo isso em no máximo 10 encontros”.

Outra questão que me chama atenção é a procura por coaching apenas por que “está na moda”. Coaching é para quem quer crescer. É para quem está disposto a despir-se de máscaras, a abrir-se, a rever-se, a quebrar velhos paradigmas e assim seguir em busca daquilo que faz sentido para si mesmo. Coaching não é coach pergunta, coachee responde. Coaching não é uma fôrma, onde se coloca todo tipo de pessoas. Há que se preservar e respeitar a individualidade de cada um. O coach não é um sabe tudo, que traz respostas. Ele é um provocador. Mas até mesmo para provocar é preciso cuidado, conhecimento. Entender o tempo de cada um. Lançar mão de recursos (não apenas ferramentas modelo) que façam sentido para o coachee.


O coaching é uma das abordagens mais interessantes que eu já conheci e tenho tido a alegria e o prazer de ouvir coisas maravilhosas de meus clientes ao longo de seus processos e após viverem esta experiência.  E tenho plena consciência de que esse é um trabalho de parceria: minha formação e meu comprometimento são fundamentais, mas os resultados obtidos são fruto do empenho do coachee.  

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Para um Feliz Ano Novo



“A vida como a vejo, não é um lugar, mas uma viagem. Tudo está em fluxo, e é assim que tem de ser. A vida flui. Podemos morar sempre no mesmo número da rua, mas nunca é o mesmo homem que mora lá”. Henry Ford

Final de ano é sempre assim: ano que vem farei isso e aquilo, não farei aquilo outro mais... promessas e mais promessas, sonhos, desejos, expectativas e esperança...

Muitos de nós já passamos por aquela situação em que apesar de tantos sonhos e promessas, nada aconteceu. Tenho aprendido com a vida, com meus clientes e meus estudos que não é atoa que muita coisa que a gente queria não acontece. Às vezes porque a gente não queria e achava que queria, às vezes porque faltou foco, às vezes porque no fundo nada daquilo fazia sentido. Não adianta ter uma meta, é preciso saber por que você quer aquilo, não adianta querer mudar algo, é necessário ter força e motivo para mudar nossos antigos comportamentos. 

Então eu proponho e desejo um ano com muito propósito para cada um de nós. Escrevi muito o ano passado sobre buscar e fazer o que mais importa pra você. Acho que todos compreenderam que eu não estava fazendo uma ode ao “faça o que quiser” de forma egoísta e irresponsável. Eu apenas gostaria de chamar a atenção de todos para a importância das viagens internas, do diálogo interno, como caminho para o autoconhecimento e descoberta do que faz a vida fazer sentido para cada um. Acredito que seremos melhores para nós e para o mundo em que vivemos, quando nossas vidas realmente fizerem sentido.
“Quando uma pessoa entende melhor quem é e o que mais lhe importa, suas resoluções de ano-novo são mais facilmente identificáveis, e ela terá uma boa chance de realizar algumas delas”.

Então, acredito que para termos um Feliz Ano Novo, será bastante importante pensar: O que eu quero em 2015? Por que eu quero isso? Isso tem relação com quais valores meus? O que eu preciso para alcançar o que almejo? Isso depende de quem?

Hyrum Smith, diz que quando a gente cresce, perde uma das coisas mais importantes que tínhamos quando éramos crianças, a capacidade de investigação... aquela mania do “por quê?”. Então, reflita, reflita, pergunte por quê. Depois que tudo estiver muito claro pra você, trace um plano e siga em frente! Estou certa de que atingirá seus objetivos!


E se precisar de ajuda nesse processo, conte comigo!

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...