sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dar uma lição ou aprender uma lição?

... “Ao não tomar algo como pessoal – mesmo que isso o afete e seja o propósito do outro -, mais conscientes e lúcidas serão sua posição e ações”.  
                                               Louis Burlamaqui

Estive pensando que eu sempre fui cheia de certezas sobre como agir quando alguém era grosseiro comigo ou se comportava de maneira contrária ao que eu esperava. Sentia que eu não deveria “deixar barato”... Aquela ideia de não levar desaforo pra casa ou coisa que o valha...

Mas tenho tido muitas experiências interessantes, entre elas a leitura de alguns livros. Um deles é o Flua cujo autor é o Louis Burlamaqui. Neste livro ele diz que uma das posturas que devemos assumir é a de “não tomar nada como pessoal”. Isto me tocou profundamente e tenho certeza de que é um dos maiores desafios que coloquei pra mim.

Sabe aquelas horas que a gente se sente ofendido, agredido, com palavras ou gestos de outros? Não foi pessoal. Só se torna pessoal se a gente deixar. Tenho lido muito sobre a ideia de que criamos o mundo, de que o pensamento e o que escolhemos sentir diz muito mais do que a situação em si. E isso é a mais pura verdade. Ocorre que acreditar nisso e tomar consciência disso é um grande desafio! É uma total quebra de paradigma!

Um exemplo muito simples aconteceu esta semana comigo. Eu estava sendo atendida por uma pessoa que começou o atendimento de forma muito agressiva. Imediatamente eu comecei a sentir aquele impulso de “não vou aceitar que ela me maltrate, ou que me desrespeite”! Mas desta vez, ao mesmo tempo eu pensei: isso é dela, que fique com ela. Então o atendimento transcorreu sem maiores dificuldades e eu me senti ótima!

Tudo bem, você pode pensar: “Não é simples assim, existem situações mais complexas”. Ok, mas a situação será o que você deixar que ela seja! Não é mágica, não é milagre. Tente e veja como é possível!
Além disso, tenho pensado que aprender uma lição, pode ser muito melhor que “dar uma lição”. Aliás, se for pra dar uma lição, que seja de serenidade e compaixão! Sendo assim, quando eu estiver vivendo uma situação em que a atitude de outra pessoa me levar a sentir emoções negativas, farei o exercício de “não tomar como pessoal” lembrando que não tomar como pessoal não quer dizer ser passivo.


Sugiro que experimente também!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...