domingo, 20 de janeiro de 2013

Sobre o Tédio


Estava lendo um trecho sobre o tédio e pude conhecer através desta leitura, o que o pensador francês de origem russa Vladimir Jankélécitvh define como tédio: “uma patologia do bem-estar, uma espécie de desventura de ser feliz demais”. Achei muito coerente este pensamento. E para mim fez ainda mais sentido o que Kierkegaard e Shopenhauer defendiam: “se nossa existência tivesse valor efetivo, seria suficiente para nos satisfazer – e o aborrecimento profundo sem causa clara não existiria”. 

Pensando sobre esses pontos de vista, lembrei-me ainda de Viktor Frankl, que em meio ao terror da vida num campo de concentração, encontrou algum sentido – motivo para continuar vivendo, ou melhor, lutando para viver. Então, penso que tudo – simplesmente tudo é uma questão de se ver sentido em nossa existência. Depois disso, poderemos compreender a bela frase de Nietzsche: ”Quem tem um porque pode suportar quase qualquer como”. 

E a despeito de se ter muita ou pouca felicidade, se a vida faz sentido, pode ser maravilhosa na alegria e na tristeza. 

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...