sábado, 24 de dezembro de 2011

Agradecimentos por 2011 e desejos para 2012


Quero agradecer por todo o carinho que recebi dos que estão próximos ou distantes, por todos os momentos que pude partilhar com as pessoas, por todo o conhecimento que pude adquirir ao longo do ano, pelos livros maravilhosos que chegaram às minhas mãos, por ter conhecido mais o budismo, por ter conhecido muitas pessoas especiais, por ter exercitado muitas vezes o não julgamento, por ter vivido situações que me fizeram refletir e rever alguns comportamentos, trabalhando para atingir meus objetivos pessoais e profissionais...

Além de agradecer por tudo, a todos e todas, quero propor que no ano de 2012 tenhamos:

Mais perdão e menos vingança,

Mais empatia e menos julgamento,

Mais compreensão e menos incompreensão,

Mais amor e menos ódio,

Mais gratidão e menos reclamação,

Mais respeito e menos agressão,

Mais ação e menos procrastinação,

Mais exercício de ser do que ter,

Desejo finalmente, que nós estejamos juntos na luta por uma cultura de paz!



sábado, 17 de dezembro de 2011

Justiça com as próprias mãos

Dias atrás, começou a circular na internet, um vídeo no qual uma moça agride cruelmente um cãozinho na frente de uma criança ao que tudo indica, de uns três anos. Uma ira coletiva tomou conta dos internautas e fiquei pensando: noutros tempos, eu estaria também irada, desejando intimamente que esta moça sofresse algo parecido ou pior do que o cachorrinho que ela matou.
Entretanto, algo muito mais sério está acontecendo em nossa sociedade e muito maior do que o fato acima relatado. É certo que se trata de uma crueldade sem tamanho, de uma tremenda covardia e o que é pior, fere os direitos da criança enquanto uma pessoa em desenvolvimento, que deveria ser protegida e orientada.  A moça em questão feriu os direitos dos animais e dos seres humanos, e da própria filha, assegurados pelo ECA. Mas ocorre que também recentemente um motorista que passou mal e bateu o ônibus que dirigia, foi violentamente e covardemente agredido e morto por um grupo de pessoas. Ouvi dizer que o fizeram porque acharam que ele estivesse bêbado.
Na internet, pessoas falam em justiça pelas próprias mãos e o que houve com esse motorista foi uma pretensa justiça pelo juízo de valor do grupo que o agrediu. E isso é muito sério. Na minha opinião, isso denota que nossa sociedade está desacreditada do Estado, da Justiça, e acha que a solução para os problemas que vimos enfrentando é fazer  “justiça” baseado naquilo que um grupo ou outro considera como certo ou errado. Sendo assim, as pessoas que erram também perdem o direito de rever suas ações e modificar seus comportamentos e as que se dizem isentas de pecado, viram verdadeiros inquisidores.
Nesse momento, eu penso: dadas as devidas proporções, quantos de nós já cometeram falhas com suas famílias, com seus animais de estimação, com amigos, colegas de trabalho etc? E o que faz de nós pessoas aptas a julgar e condenar alguém?
Um cachorro foi arrastado por seu “dono”, depois outro, um motorista de ônibus foi espancado por outros humanos, um cachorrinho foi morto por sua “dona”. Isso para falar de notícias recentes. Vocês conseguem perceber que a coisa é muito mais grave do que parece? Eu como ser humano, como alguém que acredita na mudança e nos outro seres humanos, espero poder trabalhar para que sejamos curados e que possamos construir uma sociedade mais justa.
Termino esse texto com uma breve fala de Sua Santidade o Dalai Lama: “Sejam boas pessoas, não sejam pessoas más; façam o que é favorável não façam o que é desfavorável”.  

domingo, 11 de dezembro de 2011

Bolhas

Na última semana, pude novamente estar com pessoas especiais, ouvir sobre questões importantes, refletir, discutir e assim crescer um pouco mais. Entre tudo o que ouvi, algumas ideias ficaram mais marcadas...

Sobre as escolhas, pensei sobre a importância de tomarmos decisões de maneira consciente e responsável, assumindo desta forma, os riscos e nãos que cada escolha envolve. Todo sim envolve um não e para cada sim ou não, existe um risco, que se calculado, pode ser melhor resolvido caso se torne realidade.

Tocou-me também a ideia de que uma pessoa analfabeta pode ter inúmeras dificuldades no mundo letrado, mas pode ainda assim aprender muitas coisas importantes e ensinar aos outros, fazendo maravilhas por essas pessoas. Isso me fez pensar como tudo realmente é uma questão de escolha. Se ela decidiu fazer a diferença em sua vida e na vida de outras pessoas, ela fará. É certo que alguns têm mais ou menos oportunidades, mas ocorreu-me que com muitas ou poucas, tudo depende do uso que fazemos delas.

Uma das pessoas que ouvi, lembrou-nos de que o verdadeiro mestre permite que o discípulo suba em seus ombros para que possa chegar mais alto que ele próprio. E nesse momento, senti muita gratidão, pois tive a felicidade de encontrar muitos desses mestres...

E sobre as bolhas, em que cada um de nós insiste em viver - cada um dentro de sua bolha de verdades, de crenças, de valores e de limitação... Vislumbro como será fértil o dia em que pudermos compreender e respeitar as peculiaridades de cada um e assim vivermos em uma atmosfera de maior sintonia, respeito e cooperação.

Para terminar, disseram-me que empregos são coisas muito prejudiciais... – entendendo que emprego é algo que você faz apenas para obter dinheiro. Imagine todos os dias você sair de casa para fazer algo única e exclusivamente para ganhar dinheiro. Não seria muito melhor se você pudesse sair de casa todos os dias para contribuir para o desenvolvimento de um projeto, de pessoas, de uma comunidade, de uma empresa ou qualquer outra organização? E depois de construir algo pelo que você possa sentir muita felicidade e orgulho, ganhar algum dinheiro? É certo que no mundo em que vivemos é preciso ainda algum dinheiro, mas já lhe ocorreu que para vivermos em plenitude por mais que se diga que o “jabaculê” é importante, muitas pessoas o têm em abundância e são infelizes?

Mas isso é assunto para outro texto…

Cicatrizes e Kintsugi: Como aprender com as dores sem se identificar com elas

  Esses dias relendo meus escritos não publicados, refleti sobre a importância das cicatrizes, mas também sobre outro fato igualmente impo...